segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Cesma In Dry

Eu não quero falar mal...

1)Clube comercial lotado.
2)Bandas legais
3) Encerramento do SMVC
4) Ingressos a bom preço
5)Tinha tudo pra dar certo...
Mas, com problemas estruturais, o Cesma In Blues deste ano ficou novamente devendo...na MINHA opinião...

Acredito que o Cesma In Blues é um baita evento de Santa Maria.

Em 2007, no ATC, foi muito bom!! As bandas eram de muita qualidade e eu lembro que nos intervalos entre elas, havia a "banda da cesma", algo assim, com o Daniel Rosa e outros bons músicos. Foi muito legal!

Em 2008, problemas de divulgação levaram pouco público ao ATC. E a cerveja, de lata, estava quente. E as bandas também não agradaram muito.

2009- Ótima idéia de fazer o Cesma In Blues junto com a festa de encerramento do Santa Maria Vídeo e Cinema. Com ingressos a preço bem acessível, o Comercial estava lotado. Assisti ao show da excelente Lenha Seca (foto). Que baita som! Que banda boa! Sensacional! Mas não aguentei por muito tempo...

Problemas - O calor era simplesmente insuportável. O Comercial tem um espaço legal, mas é muito, muito, muito, muito abafado!! Desumano!! Ventiladores velhos e tímidos não deram conta. Com tamanho calor, a sede aumenta e o consumo de cerveja também. Mas aí veio a tragédia. Às duas horas da manhã faltou cerveja. Não que eu seja tão dependente assim de álcool. Só que com aquele calor, fica difícil não beber uma ceva gelada. Mas não tinha mais...Não tinha mais nem água. Poxa, vida!! É tão difícil assim administrar essas questões de copa? Como isso pode acontecer? Não entendo...O engraçado foi ouvir o pessoal no meio do show entoando: "queremos cerveja, queremos cerveja", hahaha.

Não sei se o problema da cerveja foi resolvido logo porque não esperei pra ver. Fui embora antes da última banda. Não dava pra aguentar o forno. Eu dou importância para estas questões de estrutura (climatização, bebida, banheiro), ainda mais em um evento como o Cesma In Blues. Mas há quem pense que tudo isso não importa porque o que interessa é a música boa. Opiniões diferentes. Respeito.

Aproveito para recomendar a todos que dêem uma espiada na cobertura do evento que está no site do Cesma In Blues. Parabenizo a equipe pelo trabalho, porque trampar naquele calor, de forma voluntária, não deve ter sido fácil mesmo.
A foto deste post eu "roubei" do site. É do Marcelo De Franceschi, que atuou na cobertura.

domingo, 29 de novembro de 2009

Termina o Festival


Quanto aos resultados da Mostra Nacional de Curtas, não concordo com a premiação de melhor atriz para a santa-mariense Francine Flach. Havia outras boas atrizes como a que protagonizou o melhor curta de ficção escolhido, "Sobre um dia qualquer". Aliás, um filme bem estranho...
O melhor documentário e curta-metragem do Festival foi "O Velho Guerreiro não Morrerá". Merecido reconhecimento. Achei muito bom.
O júri popular escolheu o divertido "A Invasão do Alegrete".
A premiação completa do SMVC está no site. A foto do post é de Eduardo Ramos.

Terminou o Festival. A semana foi ótima. Vida longa ao Santa Maria Vídeo e Cinema.

8º SMVC - Premiação local


Só hoje que fui olhar a premiação do 8º SMVC. Na competição local de curtas, venceu o melhor mesmo. O ficção/documentário "Detalhe" ganhou melhor curta, direção e atriz. O detalhe do "Detalhe" é que o filme foi inscrito como documentário, mas ganhou melhor atriz. Um documentário que tem uma melhor atriz? Pois é...
Vamos a alguns comentários da premiação local.

Melhor atriz:
FRANCINE FLACH, pelo curta-metragem DETALHE
Bom trabalho de Francine Flach interpretando uma adolescente portadora de HIV. Porém, os jurados não devem ter tido opção porque não houve outras atrizes para concorrer com ela. Os cinco vídeos de ficção inscritos foram basicamente protagonizados por homens e as raras aparições de mulheres foram um desastre dramático.

Melhor ator:
PAULO SALDANHA, pelo curta-metragem LEMBRANÇA. Não há o que se discutir. Um trabalho maravilhoso desse ator. Se o filme tivesse concorrido na mostra nacional seria o melhor ator também.

Melhor trilha sonora original:
GERSON RIOS LEME, pelo curta-metragem 1ª QUADRA. Não gostei. Sabe aquelas musiquinhas com aquele pianinho melancólico que estão sempre presentes em reportagens de televisão, especialmente quando são histórias dramáticas? Óbvia demais.

Melhor desenho de som:
DOUGLAS MENEZES e JACQUES ORTIZ, pelo curta-metragem 3,2,1 BANG!- Ótimo. Merecia a melhor trilha sonora original também.

Melhor roteiro, edição/montagem, curta pelo júri popular,: PONTO DE CORTE, de Diego Viedo. Eu não gostei tanto assim desse vídeo. Não sei se a rotina de um vestibulando é um baita roteiro... Foi escolhido o melhor curta pelo júri popular. Acho que rolou uma identificação dos estudantes com o coitado do vestibulando, afinal, o curta trata de uma situação muito comum na nossa cidade univesitária.



8º SMVC- último dia


O último dia da mostra competitiva do 8º SMVC, na sexta-feira, dia 27, chamou a atenção pela mistura ficção e documentário. No mínimo três produções misturaram os gêneros, o que é interessante. Há assuntos bem "documentais", digamos assim, que podem ser potencializados numa ficção como em "bom dia, meu nome é sheila ou como trabalhar em telemarketing ou ganhar um vale coxinha", do Rio de Janeiro. O vídeo mostra um pouco como é a vida dos atendentes de telemarketing no Brasil. Assunto próprio para um documentário, mas que é contado de forma ficcional. Uma espécie de falso documentário. O santa-mariense "Detalhe" também trabalha com o documental em forma de ficção. Inscrito como documentário, na realidade, é uma ficção. Adorei o "futebol sociedade anônima", de Pelotas. Muito interessante e bem feito.


Problemas no telão da Praça - Sexta-feira, eu fui ver "Valsa para Bruno Stein" na Praça Saldanha Marinho. Mas eu praticamente não vi o filme. Eu OUVI. Difícil ver as imagens com a claridade do horário das 18h. Muito ruim a qualidade. É um problema a ser resolvido para o próximo ano porque no ano passado isso não ocorreu e olha que o Festival tamem aconteceu em novembro. Problemas no projetor? não sei, mas prejudicou a exibição dos filmes.

Pouco Público - Tive a impressão que este ano teve menos público que nas outras edições do SMVC. Pelo menos na mostra competitiva nacional pois não participei das outras programações do Festival.
Pouca gente no Theatro Treze de Maio, na exibição dos curtas da mostra nacional, porque na local, no primeiro dia do SMVC, o Theatro lotou. Não entendo. Tenho a impressão que nem os produtores da mostra local se fazem presentes na mostra nacional. Onde estão os estudantes de Jornalismo que fazem cinema no âmbito acadêmico? Dá pra entender porque há produções ruins e falta de criatividade nos roteiros. Fazem seus filmezinhos e não tem a humildade de assistir às outras produções. Coisas de santa-mariense.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

8º SMVC - penúltimo dia


Mostra Competitiva Nacional do 8º SMVC de ontem estava envolvente. Delicadeza, diversão, história, sangue e inocência marcaram os vídeos exibidos no penúltimo dia da competição.

No primeiro bloco, destaque para o ótimo O Velho Guerreiro Não Morrerá, documentário de São Paulo sobre o filme "O Cangaceiro" de Lima Barreto. O vídeo fala da história do filme, que foi vendido para a Columbia e por isso teve grande repercussão internacional chegando a ficar cinco anos em cartaz em Paris. Mostra ainda trechos maravilhosos de uma entrevista com Lima Barreto.
Delicada e fofa a animação Eu Queria Ser um Monstro, do Rio de Janeiro. Eu amo animação...

A ficção A Invasão do Alegrete, de Santa Cruz do Sul, garantiu a diversão e as risadas da noite. Mostra a rivalidade entre os cidadãos da cidade de Uruguaiana e Alegrete. Satiriza o bairrismo gaúcho num cenário montado do tipo Dogville. Mas é só engraçado mesmo.

No segundo bloco, o documentário No Tempo de Miltinho, do Rio de Janeiro, mostrou entrevista com o músico Miltinho falando de música e ritmo. Muito interessante!
O momento "Jogos Mortais" ficou por conta da ficção Com as Próprias Mãos, de Curitiba. Uma mulher tortura um homem com crueldade. Violento, sanguinolento, o filme tem méritos pela tensão que causa do início ao fim. #medo

E o momento delicadeza e inocência foi protagonizado pelo encantador Enciclopédia, de Porto Alegre. Fazer filmes de ficção com crianças é uma estratégia que, bem elaborada, já cativa de primeira. Muito bom!!!

Hoje é o último dia. Pena.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

8º SMVC - poesia, diversão e seriedade


Muito legal o segundo dia da Mostra Competitiva Nacional do 8º SMVC. Foram exibidos quatro documentários, quatro ficções e uma animação, muito linda, e poética, por sinal.
Antes dos filmes, ocorreu a homenagem ao diretor Paulo Nascimento, que falou sobre as facilidades que a tecnologia trouxe para a produção de cinema. Houve também um momento nostalgia quando o cineasta lembrou dos antigos cinemas de SM, das amizades e da sua vida de estudante aqui. Foi um bonito depoimento.

Os filmes
Os vídeos de ficção este ano estão bem subjetivos. E isso não é uma crítica. Acredito que ficar boiando, ter a sensação de não ter entendido, ou ficar pensando sobre filmes, que têm um final aberto ou uma não-solução, é um dos objetivos desse tipo de Festival. Eu não suporto muito aqueles videos-televisão como alguns que já ganharam a Mostra local do SMVC, por exemplo. Fáceis de digerir, desprovidos de um significado maior. É para passar na tv mesmo, não em um Festival de Cinema.

Mas ontem, o filme "O troco", de São Paulo, divertiu e vingou a todos que não suportam atender ligações de empresas telefônicas querendo oferecer serviços. No vídeo, um casal que recebe uma dessas ligações resolve torturar a atendente e fazer tudo que elas costumam fazer: pedem informações pessoais, deixam ela esperando ouvindo uma musiquinha e outras ações provocativas que fazem a funcionária da "Enganatel" perder completamente a compostura, hahaha. Muito bom!

Outro ótimo documentário foi o "pra inglês ver", do Rio de Janeiro. O doc aborda a favela tour, as visitas de turistas estrangeiros na favela da Rocinha, no Rio. Entrevistas com turistas e pessoas da favela mostram que a prática é polêmica. "A Rua e a Chaminé", documentário de Porto Alegre, mostrou o trabalho e o pensamento, muistas vezes divergente, dos grafiteiros nas rua da capital.

Teve também a ficção "Reverso", de 5 minutos, gravado em plano-sequência, mas eu não gostei muito.
Ficções com crianças também são sempre belas. Foi o caso de "O Muro", de Curitiba.

Hoje tem mais. Informações pelo site do Festival ou pelo twitter.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

8º SMVC -Começa mostra nacional


A mostra competitiva nacional do SMVC começou ontem com pouca participação do público. Na segunda-feira, o Theatro lotou. Sim, era a abertura, e a exibição das produções locais, por isso, todo mundo que participou do filme foi lá se ver ou ver seus nomes nos créditos. Ok. Ontem, os apaixonados por cinema não foram. Tinha mais gente de fora da cidade do que daqui. Tudo bem. Não é todo mundo que gosta de ver documentários.
Gostei dos filmes de ontem. As ficções garantiram a diversão e o riso, enquanto os documentários, mantiveram o clima de seriedade nos temas, com exceções, é claro.
Não sei se o pessoal curtiu porque as palmas foram tímidas e às vezes constrangidas. Acho que foi porque alguns filmes terminaram sem um final clássico, digamos assim. Não dá pra esperar de vídeos de Festival que sejam lineares e completamente coerentes. São experimentações na minha visão. Provocativas. Reflexivas.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

8º SMVC - Mostra Competitiva local. Altos e baixos


Dez produções bem diferentes. Cinco documentários e cinco ficções na mostra competitiva local do 8º SMVC. No geral os documentários me pareceram bem melhores que os curtas de ficção. Há filmes muito bons tecnicamente, mas frágeis de enredo e atuações muito ruins. Com exceções, claro.
Alguns comentários pessoais sobre cada um dos filmes apresentados ontem:

"1ª Quadra" (Doc. direção Marcos Borba)- interessante filme porque não se foca muito em datas históricas, mas sim nas pessoas, nos costumes, no que a 1ª Quadra significava nas décadas de 30, 40 e 50 para os santa-marienses. Mas poderia ter mais fontes. Dois entrevistados da família Isaía. Eu acho que existiam outras famílias em SM na época da 1ª Quadra, mas tudo bem. Uma pena que o filme peca no final, com a colocação de um poema embaixo das imagens. Estava ruim de ler e a gente acabava não prestando atenção nas belas imagens. Desnecessário.

"3,2,1, bang!"(ficção; direção douglas menezes e jacques ortiz) - uma bobagem, mas eu ri. Uma brincadeira de bang-bang entre colegas da Faculdade. Gravado num dos prédios da Unifra. Bons enquadramentos, boa trilha sonora. Satiriza os filmes de perseguição policial. Mas não tem enredo. Uma brincadeirinha bem executada. E só.

"Krê" (Doc. direção Alexsandro Oliveira e Francele Cocco)- chato, pouco interessante. Aborda o trabalho de uma trabalhadora kaigang, em Ronda Alta, que sobrevive com a venda de balaios de taquara (o krê). Só mostra imagens dela fazendo o balaio e falando. Pareceu-me sem roteiro, sem uma linha temática. Quando ela explica como ela faz o balaio, me lembrei das matérias de TV do Jornal Hoje, do tipo: "aprenda hoje como fazer cestas de páscoa. Siga os passos".

"Catando significados: o lixo e seus significantes" (Doc. direção Daiane Vieira). Legalzinho. Usa da metalinguagem com imagens da própria equipe entrevistando os catadores de material reciclável. Fala da vida sofrida desses trabalhadores que passam por dificuldades e que tem sonhos. Só que os depoimentos são meio desencontrados.

"Essencial ao Coração" (Ficção - direção Clarissa Pippi)- não tem muito ritmo o filme. E o enredo é fraco. Tenta surpreender no final, mas não faz muito sentido.

"Docru" (Doc direção Rafael Berleze)- Totalmente sem noção com relação ao tema. Irrelevante. Traz depoimentos de estudantes que "sofrem" com as filas do Restaurante Universitário. Meus Deus! Quanto drama! Coitados dos estudantes debaixo de sol, de chuva, perdendo aulas. Muito comovente!. Só reclamação e argumentos ruins. Fora o tema, o filme inova porque apresenta uma liguagem visual toda recortada, dinâmica, com uma "montagem contemporânea", como diz a sinopse da revista do SMVC. Lembrando que Rafael Berleze fez um filme muito legal no ano passado. Não foi feliz neste ano.

"Acaso" (ficção. direção Neli Mombelli)- Uma história que começa chatésima e termina de forma surpreendente e engraçada. Com exceção do ator Ricardo Pain, as outras atuações são péssimas; estragam um filme que poderia ser bom.

"Detalhe" (Doc. direção Maurício Canterle)- Ótimo. O melhor documentário dos cinco apresentados. Uma atriz que interpreta diferentes meninas que possuem AIDS e que foram entrevistadas. Linguagem visual focada nos detalhes da boca, do olho e das mãos da personagem. Mistura ficção e documentário e trata o assunto de forma séria.

"Lembranças" - (Ficção Marcos Borba)- Paula Saldanha está fantástico encarnando um homem que está prestes a perder seu melhor amigo e que começa a lembrar de vários momentos da vida. Um bom texto, bons enquadramentos e uma interpretação iluminada de Saldanha.

"Ponto de Corte" (Ficção. Diogo Viedo)- Bem mais ou menos, mas tem uma certa tensão na história do vestibulando que quer passar na UFSM. Um enredo nada original, mas que faz parte do cotidiano dos santa-marienses.

8º SMVC - Abertura


Era quase 22h quando o 8º Santa Maria Vídeo e Cinema foi aberto ontem à noite, no Theatro Treze de Maio. Com os apresentadores de sempre, o Festival foi aberto com muitos discursos. Cassol falou bem e deu vários recados "a quem achou que o Festival não sairia por causa da mudança de Administração Municipal". Ha?? Como assim? Neimar Beshorer, gerente da RBS, também discursou. Disse que um dos programas que mais dá audiência à RBS na região são os curtas de sábado. E o prefeito Schirmer também falou um monte. Anunciou a entrega à Câmara do projeto que cria o Dia do Cinema. Super relevante!!
Por fim, o homenageado Sílvio Tendler recebeu o Troféu Vento Norte. E salvou os discursos da noite. Mostrou-se um apaixonado pelo cinema. Disse que as novas tecnologias só facilitaram a produção, mas que cinema é a arte da coletividade; nada se faz sozinho. Bom para os santa-marienses ouvirem isso!!! hehe.

No próximo post...comentários sobre as produções locais. Ai, meu pai...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Gentili: humor simples e divertido

Ele chegou de bermuda, camiseta, tênis e boné. E divertiu a platéia durante uma hora, nada mais que isso, na noite de domingo. O salão do Park Hotel Morotin lotado demonstrou o poder da televisão em projetar personalidades e o carisma e perspicácia do humorista Danilo Gentili, um dos apresentadores do programa CQC da Band.
Eu subestimei a força da televisão e o próprio Danilo porque achei que não ia ter muita gente. Enganei-me. pois tinha um bom público, a maioria jovens.
O show estilo stand up comedy de Danilo é legal, diverte. É simples e funciona. De forma muito natural, Danilo faz piada e graça com coisas do cotidiano, como relacionamentos (com a mãe e a ex-namorada), voar de avião, dirigir no trânsito de São Paulo, ir a um velório, entre outras situações que não paramos para pensar e que podem ser cômicas. Um humor fácil de entender, leve, sem forçações. Algumas piadas foram realmente muito divertidas, outras nem tanto. Às vezes eu ria mais da interpretação dele do que daquilo que ele estava dizendo. Confesso que eu demorei um pouco para entrar no clima de Danilo. Mas tinha um menino do meu lado que ria de tudo, tudo mesmo, do início ao fim. Ele quase passou mal de tanto que ria.
Sabe aquele amigo ou parente engraçado que a gente tem, que quando começa a contar um causo a gente fica rindo mais do jeito dele e das expressões das mãos e do corpo do que das histórias. É assim com o Danilo Gentili. Nada de especial, mas divertidinho.
No final do show, uma mega fila se formou para tirar fotos com Danilo. É a popularidade!!
Danilo tem um blog, que não é atualizado deste outubro, e um site bem bonito, este sim, atualizado. Também pode ser seguido pelo twitter.

domingo, 22 de novembro de 2009

2012 cansa

Sexta à noite fui ver o famigerado 2012. Eu não esperava um grande filme e fui sem grandes expectativas. Ainda bem.
É o típico filme que só vale a pena ver pelas imagens espetaculares e os efeitos especiais. As cenas de ação são impressionantes mesmo. Muito boas. Causam apreensão. Mas é isso. Deu.
Considerando que o diretor de 2012 é o mesmo de Independence Day, dá pra entender as cenas melodramáticas como aquelas em que os pais ligam para os filhos para pedir perdão e se despedirem diante do fim do mundo; famílias se unem diante da morte iminante e blá, blá, blá. "Son. I love you. Forgive me". E cai a ligação, ou seja, moreeeeuuuuu. E coisas do tipo.
E, claro, histórias de apocalipse não podem deixar de ter um personagem que faz o papel do president of USA. Em 2012, Danny Glover interpreta o papel de um patético presidente que opta por ficar com seu povo no momento mais difícil, quando todos morrem, a se refugiar nas aeronaves especiais que poderiam salvá-lo da grande catástrofe. Ai, me poupe! As atuações são péssimas, inclusive do Danny. John Cusack, o herói do filme, também está lamentável. Assim como em Guerra dos Mundos, Cusack interpreta um cara comum, separado da mulher, que tenta reforçar os laços afetivos com os filhos. Nada melhor que o fim do mundo para a família se unir. Super original!!!
Estes filmes-catástrofes sempre tem um enredo ruim porque a destruição é o enredo principal.
Resumindo: depois das principais cenas de destruição do mundo, o filme fica chato, enfadonho, cansativo. Blé.

sábado, 21 de novembro de 2009

34ª Secom - e o jornalismo da RBS

Ok. E como nós, jornalistas, ficamos no meio desse mundo totalmente colaborativo, em que todo mundo produz e divulga informação?
O diretor geral de Jornalismo do Grupo RBS, Eurico Meira, tentou responder a essa pergunta. Ele falou aos alunos de jornalismo na sexta-feira à tarde, dentro da programação da Semana. O tema da palestra foi "O jornalismo na era da TV Digital".
Good news -"A boa notícia é essa: nós (jornalistas) continuaremos tendo muito trabalho e com um papel fundamental", afirmou Meira. Uhuuuu!!!Bem otimista ele. Meio óbvio também que ele não ia dizer que os jornalistas podem estar perdendo sua legitimidade e seu poder de mediadores.
Meira afirmou que o foco dos jornalistas hoje deve ser "de que forma fazer conteúdos relevantes, independente da plataforma". Para ele, o conteúdo é o ponto central do jornalismo na era digital.

Atrativos - O que a RBS TV vem buscando no jornalismo, conforme ele, para atrair os consumidores em meio a tantas outras mídias (minhas observações estão entre parênteses):
1- criatividade como diferencial. (ele não explicou muito como essa criatividade funciona nas matérias)
2-bom humor porque, segundo Meira, as pessoas não querem ver só notícias negativas. (ok, mas o que é uma notícia positiva? critérios da RBS? Muitas notícias positivas são simplesmente ignoradas pela empresa. Conceito vago, caro Eurico)
3-infotainement (informação + entretenimento) como tendência. (aqui está a explicação das várias e várias matérias sobre animaizinhos, cachorrinhos, gatinhos e outras curiosidades que vemos todos os dias no Jornal do Almoço, acompanhados de comentários infames e risadinhas das apresentadoras. Esta característica está relacionada ao item número 2, do bom humor).
4- ouvir o público (sim, a busca da audiência é o objetivo)
"O conteúdo deve ter relevância e atratividade", resumiu Eurico Meira.

Processadores - Sobre a preparação dos jornalistas, Meira enfatizou o talento jornalístico (sempre essa historinha de talento) e destacou que hoje as redações funcionam como processadores de informação, pois os jornalistas, além de produzirem conteúdo, gerenciam as informações advindas do público que agora é parceiro na produção de informação. Citou ainda a criação da editoria de mídias ou redes sociais que está surgindo agora nas empresas.

televisão/colaboração - Meira falou ainda que nessa semana a RBS TV colocou ao ar uma matéria editada somente com imagens do telespectador buscadas no youtube ou recebidas pela empresa. Exemplo que reflete a produção realizada com a colaboração do público.

Pois é, pois é...

34ª Secom - Hiperansiedade e Geração C

"Hoje somos multiplataformas". Cátia Lassalvia resumiu bem nessa frase o nosso atual comportamento com tantos dispositivos digitais à mão. Ela falou na palestra da abertura da 34ª Semana de Comunicação da UFSM que ocorreu na quinta-feira à noite. Com o tema "Convergência midiática e o fenômeno da social media: caos e inovação", Cátia elencou algumas características do momento atual:
- a convergência de mídias
-o espaço na web para o especialista, o generalista e o amador
-o emissor não exerce mais o controle sobre a produção e distribuição de informação
-a comunicação é multicanal e multidirecional

Hiperansiedade - Sim, somos multiplataformas. Navegamos na Internet com o rádio e a televisão ligados enquanto lemos um texto de um blog, vemos um vídeo no youtube, acessamos o twitter e conversamos com alguém pelo msn. Tudo na mesma hora. "Nós vivemos hiperativos, ansiosos, estressados e desfocados" disse Cátia, explicando que não há tempo para se consumir a quantidade de informações que nos é disponibilizada por tantos suportes.

A palavra - Para falar das redes socias, Cátia citou o conceito de Groundswell que seria algo que cresce rápido e de modo espontâneo. Conforme ela, as três forças sustentadores desse conceito são:
- Tecnologia: Interatividade, o open-source. A facilidade em lidar com as ferramentas e utilizá-las sem grandes conhecimentos de informática.
- Comportamento: vontade de expressão das pessoas, o desejo de se conectar às mídias sociais;
-Economia: novos modelos surgem (wikinomia), a cauda longa da informação, o mercado de nichos, as facilidades de produção, disponibilização e busca que a Internet proporciona.

Prosumer - Um dos pontos centrais da fala de Cátia foi sobre o novo consumidor. Conforme ela, ele está em múltiplos lugares; na Internet, nas mídias móveis, nas ruas, na televisão. Por isso, o importante é mapear presenças e não esquecer que os consumidores agora são prosumers (produtor + consumidor).
Conteúdo e consumidor são os pontos centrais dessa nova configuração econômica. É a força da Geração C: Conteúdo, Colaboração e Conexão.

Medo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

34ª Secom

Com o tema "Comunicação e Convergência", começa hoje 34ª Semana Acadêmica do Curso de Comunicação Social da UFSM. Os trabalhos abrem hoje à tarde, com o credenciamento, e à noite ocorre a palestra Convergência midiática e o fenômeno da social media: caos e inovação, com Catia Lassalvia – Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Comunicação em Hipermídia da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid).
Junto à Semana, o Diretório Acadêmico Mario Quintana também promove o PANC, Prêmio Anual de Comunicação.
A programação da Semana Acadêmica está no blog.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

calando blogs

Ai, ai...Complicado quando a Justiça resolve conceder liminares e impedir que veículos de comunicação publiquem informações sobre políticos. Isso aconteceu com o Estadão e agora também com os blogs. Comunique-se noticiou que a Justiça do Mato Grosso proibiu que cinco blogueiros emitam opinião sobre um político do PP. Também tem um texto, no Observatório de Imprensa, de um dos blogueiros censurados.
Pelo jeito os blogs estavam incomodando mesmo...
Preocupo-me com estas decisões da Justiça...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Revista O Viés

É muito legal ver estudantes de Jornalismo, futuros (ou já) jornalistas escrevendo e divulgando seus próprios textos, opiniões e ideias.

Há alguns dias, oito alunos do quarto semestre de Jornalismo da UFSM lançaram uma revista online com a intenção de divulgarem seus textos sobre diversos temas como política, cinema, psicologia e mídia.
A revista se chama O Viés justamente porque traz temas a partir do viés de cada um dos seus autores.

Há textos sobre terrorismo e mídia, sobre bons filmes, sobre a felicidade etc. E textos bons; dá para perceber um cuidado na redação e na argumentação de cada um dos autores que se propõe a escrever sobre um determinado tema. Pode-se dizer que são pequenos ensaios sobre um assunto que não precisa ser necessariamente aquele que está na "boca do povo".

Acredito que a revista, que também pode ser considerada um blog coletivo, resgata a importância da expressão de nossas opiniões, nossos pontos de vista sobre um assunto, nosso viés...e tudo é viés....tudo passa por um olhar. Principalmente o jornalismo.

Trabalhar os textos da melhor forma possível, ter o compromisso de atualizar a revista, divulgá-la e abrir-se a críticas, boas e ruins, são exercícios de prática jornalística e também de profissionalismo.

Achei muito interessante a utilização de uma plataforma online para criar a revista. Na minha época de Faculdade, a moda eram os fanzines que eram os nossos espaços de expressão, em folha de papel e xerox. Agora temos a Internet, que é própria para esse tipo de iniciativa; A Internet potencializa e torna concreta esta nossa vontade de divulgar ideias, e os blogs mostram isso.

A divulgação da revista também é feita pelo twitter, seguindo a atual tendência dos meios de divulgar seus produtos por meio dessa rede social.

É bem por aí. É preciso entender que o campo do jornalismo está passando por profundas transformações.
Não dá mais para se iludir, achando que depois de formados, os jornalistas terão lugar nas empresas. É preciso superar a lógica do jornalista-empregado, vinculado a instituições jornalísticas. Infelizmente este pensamento ainda é forte, inclusive nos cursos de Comunicação Social que tendem a querer preparar os estudantes para um "mercado" que nem existe mais.

A Internet pode ser uma ótima ferramenta de trabalho para jornalistas atuarem de forma mais autônoma, sem precisarem se submeter a lógicas empregatícias falidas.

Parabéns a Revista O Viés e seus criadores. E Boa Sorte.


domingo, 15 de novembro de 2009

é a vida

Final de semana de estudos, dúvidas, distrações, um pouco de álcool, música, sono, café, leituras, sentimentos bons e ruins...

sábado, 14 de novembro de 2009

JAI

Esqueci de comentar que quinta-feira passada eu fui apresentar poster na Jornada Acadêmica Integrada (JAI) da UFSM. Eu tinha participado em 2001 como bolsista do Cnpq, mas naquela oportunidade apresentei o trabalho de forma oral. Nunca tinha participado com poster. Os painéis foram expostos num ginásio do Centro de Educação Física. Muita gente envolvida...e estava bem organizado.

Depois que fui avaliada, dei uma circulada para olhar os outros trabalhos. Tinha muita coisa legal!!! Muita pesquisa interessante e relevante. Uma pena que não deu tempo de ler todos os posters e conversar com o pessoal que estava lá apresentando.

É nestes momentos que a gente percebe a riqueza de sabedorias de uma universidade. Foi muito bom ver o pessoal trocando ideias sobre os trabalhos, discutindo...Foi bom perceber como a Universidade pesquisa as mais diversas problemáticas sociais. Uma pena que muitas pesquisas acabam ficando na biblioteca mesmo, sem que sejam conhecidas de forma mais ampla pela comunidade. Fica tudo muito restrito ao âmbito acadêmico.
Mas, de qualquer forma, valeu a experiência...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

MC: estão aí, já era


Continuando com a série de relatos sobre palestras promovidas pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFSM, quem esteve no CCSH nesta quarta-feira, dia 11, pela manhã, para a aula Magna do Mestrado em Comunicação Midiática, foi o pesquisador e professor da UNB Luiz Cláudio Martino (foto).


Um suporte material? Uma linguagem, um signo, um código, uma mensagem, uma instituição, uma técnica, uma expressão social? Afinal, o que é um Meio de Comunicação (MC)? Esta pergunta foi o tema da palestra. Conforme Martino, quando se tenta definir o que é um meio de comunicação, vem à mente a idéia de transmissão. Mas é claro que essa palavra nem de longe dá conta do conceito de MC, que é bem mais complexo. Para MacLuhan, segundo Martino, os MC poderiam ser simulações tecnológicas do homem. Poderiam ser, também, simulações de uma capacidade mental.

Para Martino, os MC alteram as condições da experiência humana; de tempo e espaço, por exemplo. Os meios são moldados a partir dos usos sociais, "alteram e alargam nossa experiência".

O que já é de concordância de todos é de que as notícias são uma construção social. Os acontecimentos são moldados para gerar um valor, para gerar um cotidiano comum a todos. Os MC compõe a organização social e um acontecimento só "acontece" quando divulgados ou noticiados pelos meios de comunicação. Conforme Martino, os MC "são a expressão social da experiência".

E eu pergunto: nós podemos viver sem eles?



Luiz Cláudio Martino tem "só" três mestrados enquanto eu tento fazer, aos trancos e barrancos, um só:

Luiz Cláudio Martino possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); mestrado em Comunicação pela Escola de Comunicação da UFRJ; mestrado em Psicologia pela Fundação Getúlio Vargas e UFRJ; mestrado em Ciencias Sociales, Cultures et Comportaments na Université de Paris V e doutorado em Sociologia na Université de Paris V. Atualmente é professor da Universidade de Brasília e coordenador do Programa de Pós-Graduação da instituição. Atua em pesquisa nas áreas de Teoria da Comunicação, Epistemologia da Comunicação, Meios de Comunicação e Metodologia de Pesquisa.

Mídia: espetáculo e monstruosidade



O Mestrado em Comunicação da UFSM, organizou dois eventos bem interessantes nesse semestre. Mesmo atrasada, vou fazer alguns relatos aqui.

A mídia, suas complexidades e problematizações, foram os temas das palestras de Moisés Martins e Jean-Martin Rabot, pesquisadores do Centro de Estudos em Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho (Portugal), que estiveram, no dia 06 de novembro, no II Ciclo de Debates "Mídia e Sociedade", na UFSM.

O evento foi promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Universidade, com apoio do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUCRS, e teve a participação de estudantes e professores universitários da Comunicação e de outros cursos

Moisés Martins falou sobre “Espaço Público e Media: da crise do Estado à crise da cultura”. Para ele, "nossa cultura é a da comunicação generalizada" gerada pelas novas tecnologias de comunicação e informação. Conforme Martins, vive-se num tempo acelerado e numa cultura acelerada. Neste ambiente, techné e bios se fundem e determinam a cultura e o modo de vida da atualidade. Vive-se, nas palavras de Martins "o princípio de estetização do mundo" e tudo é convertido em emoção, que é controlada pelas tecnologias. Nesse sentido, a mídia provoca as sensibilidades humanas, transverte os conteúdos em euforia, sensações e emoções. Um exemplo é a exposição pública da dor privadas, as notícias sobre acidentes, tragédias, dramas humanos. Enfim, é o espetáculo que rege as lógicas midiáticas. Como Martins afirma, o discurso sensível, efervescente e comovível substitui o discurso objetivo e frio do jornalismo referencial. O que se impõe é a lógica do pathos, do animus, da paixão. Na opinião do pesquisador, é preciso pensar em uma ética para a mídia.

"A liberdade é a incerteza". Com essa frase, Jean-Martin Rabot, deu início à sua palestra sobre “as figurações da monstruosidade nos media”. Para Rabot, a monstruosidade, apesar de trazer referências a algo externo, é uma característica ancorada no homem. Ele lembrou que os monstros nos remetem a elementos negativos, figuras combatidas pelo herói grego, por exemplo. "O monstro é a figura invertida do herói". Na opinião do pesquisador, apesar das histórias separarem o herói do monstro, o bem e o mal estão interligados e incorporado em um só ser. A religião, o politeísmo e outras culturas mostram essa fusão que inclui a monstruosidade. Para Rabot "o monstro está em nós" e isso explica as figurações e representações presentes na mídia.


Parabéns para a nossa turma, que ingressou este ano no Mestrado, e que ficou responsável pela organização dos eventos. Deu tudo certo!!!

Beijos para Luciana, Patricia, Maurício, Leandro, Gisele, Laura, Renata e Fabianos...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Romaria sempre igual

Ai, ai...todo ano é sempre igual. Eu gosto de olhar a cobertura da Romaria pelos veículos locais só para constatar que é sempre a mesma coisa. É o jornalismo repetitivo.
E não culpo os jornalistas. É uma coisa maior do que eles. Rotina, agendamento, sei lá...é preciso se partir de algum lugar. E a multidão é tão grande que às vezes a gente "se perde" mesmo, em vários sentidos.

O que não pode faltar no manual de cobertura da Romaria:
- crianças vestidas de anjo - os fotógrafos já saem procurando as crianças-anjinhos.
-pessoas de pés descalços - sempre tem centenas de pessoas pagando promessas
-pessoas fazendo o percurso de joelhos - é mais raro, mas é um ótimo case para a imprensa
-deficientes visuais ou físicos pagando promessas ou sendo conduzidos por alguém que está pagando promessa
-idosos com velas
-romeiros de outras cidades
-dramas - toda cobertura que se preze traz as mais dramáticas e trágicas histórias de pessoas que, desenganadas pelos médicos, foram salvas pelas orações à Medianeira. Geralmente esta é a parte interessante dos textos dos veículos de comunicação porque traz à tona essas histórias humanas.
-políticos - Todo jornal que se preze aproveita a pauta para colocar, na página de política, quem eram os políticos que estavam na Romaria. A matéria é sempre fofoquenta, como mostrou o Diário de ontem, pois não há informação útil.

Quando cobri a Romaria, em 2003, pelo Jornal A Razão, eu também segui o script. Mas lembro que fiz uma página só sobre os vendedores ambulantes da Feira. É impressionante! Vem gente do nordeste para vender seus produtos aos devotos. São pessoas que acompanham eventos religiosos e tem muitas histórias para contar.

Quem pegou esse viés, na televisão, ontem, foi a TV Pampa. Entrevistaram um ou dois vendedores. Achei legal! A RBS se focou nos romeiros e nas graças alcançadas.

Há como cobrir a Romaria de outras formas? Sim e não. Há procedimentos quase que obrigatórios, sim, mas também há como abordar o evento de outras perspectivas.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Os bastardos de Tarantino

Acompanhada da minha mana Alice, fui no cinema domingo para ver Bastardos Inglórios do famosinho-cult Quentin Tarantino. Violência, vingança e humor - que costumam caracterizar os filmes de Tarantino - estão presentes em Bastardos, além, é claro, da trilha sonora que é sempre um personagem a mais nos filmes dele.
Na minha opinião, as atuações são o forte do filme. É uma delícia ver Cristoph Waltz fazendo o general nazista Landa. Brad Pitt, canastrão caricatural, também está muito divertido.
Aliás, Bastardos Inglórios é um filme divertido, apesar de várias cenas sangrentinhas mas estas estão bem mais leves do que as apresentadas nas películas anteriores de Tarantino. E olha que o pano de fundo do filme é um tema bem batidinho de Hollywood: nazismo. Mesmo assim, Tarantino faz humor e espetáculo usando o nazismo e suas figuras famosas como Goebbels e Hitler, que aparecem como dois babacas ridículos no filme.
No filme os nazistas são os demônios, mas isso é tratado de forma tão espetaculosa e exagerada que provoca risos e derruba a seriedade da 'maldade'.
É claro que a violência do filme pode ser vista sob outro ângulo. Li umas críticas em outros blogs que diziam que Tarantino, ao mostrar tantas cenas violentas ou bárbaras, quer transmitir o quanto o ser humano é violento e cruel em sua essência. É um ponto de vista.


O Willian Araújo, no blog OpiniãOposta! escreveu um texto legal sobre o filme. Vale a pena conferir.

Show Júpiter

Estava com uma super expectativa para o show do Júpitar Maça que aconteceu sexta passada no Macondo. Pra que...
Depois de ficar mais de uma hora na fila do bar, acreditava que lá dentro estaria superhiperlotado, o que justificaria a demora. Mas não. Na hora que entrei, pelo menos, ainda não estava superlotado. Não entendi o porquê de tanta demora na fila que só diminuiu porque as pessoas foram desistindo de esperar e resolveram ir embora. Ok. Isso foi o de menos.
O show foi meio decepcionante. Chato. Morno. O Júpiter tocou o tempo inteiro sentado e eu que estava lá no fundão não vi ele. Bah! Custava levantar um pouco em pelo menos uma música? O palco já não é alto e o cara resolve ficar sentado o show inteiro...E tocou uma hora e pronto!!! Foi embora...Acho que ficou com preguiça por causa do calor, que estava infernal. Também não consegui ouvir nada do que ele falou...Está se achando demais o Júpiter...
Pelo menos a companhia estava boa. Assisti ao show com a Carol Berger, colega de Facul e amiga. Beijo, Carol!

Entrevista-sensação. Desnecessário

Tele Domingo da RBS de ontem entrevistou o soldado que atirou e matou o sem-terra Elton Brum no conflito em São Gabriel. Perdi o início da matéria, mas deu para ouvir o soldado falando que não sabia que as balas da sua arma eram letais. Por favor!!! O que a RBS quer com isso? Justificar um homicídio? Vitimizar o soldado que, coitado, está passando pelo pior momento de sua vida?
Se a idéia foi elucidar o que ocorreu, acho que não deu certo... Quem disse que a fala do soldado, aquele que atirou, pode ser elucidativa e mais esclarecedora do que todas as outras testemunhas? É simplesmente a versão do autor do crime, que, óbvio, vai justificar seu ato conforme orientações de seu advogado e reforçar a tese, já aceita pela justiça, de que não teve intenção de matar. A intenção da RBS foi fazer as pessoas sentirem pena do soldado? Teve até musiquinha de violino acompanhando a entrevista "dramática". Eu não me comovi.

O Zasso, aluno de jornalismo da UFSM, escreveu, em seu blog, um bom texto sobre a reportagem. Recomendo a leitura.

domingo, 8 de novembro de 2009

expulsão

Acabo de ler no blog do Nassif que a loira da Uniban, aquela que causou um rebuliço na universidade porque foi a aula com um vestidinho vermelho curtinho, foi expulsa da instituição porque esta entendeu que a estudante realmente provocou a situação. Surpreendente a decisão da Uniban. Joga a culpa do furdunço na estudante por ela ter saído com tal vestidinho com a intenção de "provocar" os colegas. Lamentável. A Uniban pune a vítima e mantém os estudantes que a molestaram.


A informação está lá no blog do Nassif e, incrível, tem 353 comentários.

A blogueira Rosana Hermann também postou interessante texto no seu blog. Foram 100 pessoas comentando. Vale a pena ler!

sábado, 7 de novembro de 2009

Porto


Pessoal!! Peço desculpas aos leitores deste blog pela falta de atualização nos últimos dias...Na terça-feira, fui a Porto Alegre para participar do Seminário Internacional de Comunicação, na PUC. Não tive acesso à Internet durante três dias...
Queria muito ter ido à Feira do Livro e à Bienal mas não foi possível. O evento na PUC tinha atividades nos três turnos. Palestras pela manhã, Grupos de Trabalho à tarde e mais palestras à noite. Cansativo!!! Na quarta-feira apresentei meu trabalho (foto) e, à noite, conseguimos ir num bar, o tal do Pinguim. E ficou nisso nossos passeios.
Mas valeu muito a pena. As palestras até que foram boas...as que eu entendi, hahaha. A estrela da PUC foi Michel Maffesoli que falou sobre imaginário, sobre cibercultura e Agusto Comte. Teve palestra de vários franceses, com tradução simultânea e tudo. Super chique! Os GTs também foram bem interessantes. Pena que não teve como assistir a todos que eu queria.
Enfim...é bom ir nesses eventos e ver o que o pessoal anda pesquisando na área da comunicação.

domingo, 1 de novembro de 2009

À Deriva


Eu esqueci de comentar que na última quarta-feira eu fui, com a Manuela, ver o filme brasileiro À deriva, do diretor Heitor Dhalia, o mesmo que dirigiu o ótimo Cheiro do Ralo. À Deriva é um filme maravilhoso, delicado, belo, realista, humano..
A produção conta com o brilho do maravilhoso ator francês Vincent Cassel (que fez o chocante Irreversível, o interessante Senhores do Crime e o importante La Haine). Cassel surpreende com seu português bem convincente e atuação verdadeira ao contracenar com Débora Bloch. Mas são os adolescentes e crianças que chamam a atenção no filme. Muito fofos!
A história é simples, gira em torno de uma separação, traições, filhos, família, conflitos, descobertas. Coisas da vida, comuns, que afetam a todos. O cenário é encantador assim como a trilha sonora que conduz a narrativa.
Um belo filme brasileiro. São filmes como esse que devem representa o Brasil e não as mega produções de Daniel Filho (Se eu fosse vc), Xuxa, Normais e outras porcarias.
O filme tem um blog para quem quiser saber curiosidades.