sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Por que eu vou ao #Congresso FdE - Reflexões

Encontros
No domingo, dia 11, eu e mais uma galera, sairemos de Porto Alegre, às 11h, rumo a São Paulo, capital. Lá vai acontecer o IV Congresso Fora do Eixo e eu vou como representante do Macondo Coletivo, que faz parte do Circuito Fora do Eixo.
Mas eu não vou ao Congresso só porque colaboro ou integro o Macondo Coletivo. Eu vou como cidadã e jornalista, interessada nas discussões que vão ocorrer no evento, interessada nos debates sobre cultura, comunicação, jornalismo, uso de novas mídias, de novas tecnologias.

O IV Congresso é o maior encontro de coletivos do País que vai discutir uma diversidade de temas relacionados à cultura, política e comunicação. Entre os convidados para os debates, estão Cláudio Prado (coordenador da ONG Laboratório da Cultura Digital), Carlos Miranda (produtor musical), Ivana Bentes (professora da UFRJ), Renato Rovai (Revista Fórum). Na programação, estão previstas mini-conferências sobre música, política, comunicação, negócios, produção, gestão e cultura digital, Seminário da Música Brasileira, reuniões sobre Comunicação e Midialivrismo, Encontro da rede das redes, Universidade da Cultura Livre, Banco da cultura e alternativas criativas, Encontro de Jornalismo Cultural do Brasil.
Paralelo ao evento, acontece o Festival Fora do Eixo com apresentação de mais de 40 artistas e shows gratuitos.

Por que eu vou
Eu penso que o Fora do Eixo é uma rede cheia de potencialidades, rica, diversa, plural. Acolhe pessoas e grupos que trabalham com diferentes formas de arte e de linguagem. O uso das ferramentas de comunicação é um dos pontos que considero mais interessantes e produtivos do FdE. As newsletters, a Pós Tv, o uso das redes sociais, os blogs, a colaboração etc. Outra coisa que curto muito é a conexão com os artistas independentes e a produção de festivais.
A linguagem da música, do teatro, do cinema, da literatura. E a comunicação perpassando todas estas formas de expressão. Isso é massa! Isso me motiva! Isso me faz participar da rede, de trampar e fazer o que é possível para eu fazer. Gosto de escrever, de me envolver com divulgação, assessoria de imprensa, cobertura. Onde houver espaço e motivação pra fazer isso, eu faço.

Eu não sou fantoche; não trabalho de graça para alguém se promover no Fora do Eixo. Eu não sou boba nem manipulável. Se estou no Macondo Coletivo, se contribuo para a rede é porque no momento que me dedico a ela, aprendo também; tenho um retorno, que é intangível, imaterial, não quantificável, mas só eu sei a importância e o ganho que tenho.
É claro que eu não acho que o FdE é uma maravilha, uma rede perfeita, totalmente coerente, coesa, organizada. Tenho minhas restrições a ela; tenho críticas e as publicizo quando acho que isso deve ser feito; A rede tem algumas dinâmicas e práticas com as quais eu não concordo, não compactuo, não compartilho. E isso é tranquilo.E quero acreditar que a rede seja aberta a críticas e receptiva ao diálogo como ela se propõe a ser. Se eu achar que o Circuito não está indo para um lado legal ou se eu não me sentir mais à vontade colaborando com ele, eu me retiro numa boa. No momento, eu me sinto bem participando dela, eu visualizo oportunidades interessantes de produção cultural, possibilidades ricas de movimentações político-culturais. É isso.

Macondo Coletivo
O Macondo Coletivo está passando por dificuldades de estruturação. Nele, eu atuava no cineclube, na comunicação e também na produção de alguns eventos. Festival de Teatro Independente de Santa Maria, Grito Rock, Macondo Circus, Noites Foras do Eixo; eventos fundamentais para Santa Maria, que tenho orgulho de dizer que contribui para que eles acontecessem. Parcerias legais foram feitas, trocas, trabalho, união, amizades. Mas desentendimentos, desadesões e conflitos também ocorreram este ano no Coletivo. Foi difícil e está sendo difícil este período de redefinição, este momento de desestímulo e desmotivação, talvez.  Eu não sei se vou continuar no Macondo Coletivo, não sei o que vai acontecer; se o Coletivo vai mudar de nome, vai ser esvaziado, reconstruído, reformulado...não sei mesmo. É por isso também que vou ao Congresso. Pra ter mais clareza em relação ao Coletivo, às pessoas que faziam ou fazem parte dele; pra ter mais clareza e compreensão do próprio Fora do Eixo, ainda cheio de coisas a serem descobertas e entendidas, pelo menos por mim.

Casa FdE - Cheguei na Casa Fora do Eixo Porto Alegre na quinta-feira ao meio dia. Está sendo bem legal a vivência aqui; acompanhar a rotina da Casa, as preparações para o Congresso, as dificuldades enfrentadas, a produção dos vídeos, as visitas e a empolgação da galera. Estou tentando ajudar no que for possível, seja contribuindo na divulgação do material,ajudando nos mapeamentos, tuitando, compartilhando...

seja ajudando na dinâmica da casa, como fazer o almoço, por exemplo.Galera aqui da Cafe FdE Poa é muito legal. Obrigada Tatiana, Natália, Atílio e Jocemar. Cláudia já estava em São Paulo quando cheguei.



Amanhã, domingo, uma caravana composto de quase 40 pessoas de várias cidades do Estado estará saindo de Porto Alegre rumo a São Paulo. Chegaremos lá na segunda-feira, dia 12, pela manhã. Tenho certeza que vai valer a pena participar desse Congresso.
Até mais!

PS: (Aqui está o press kit e a News do #Congresso FdE)


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O que eu fiz em 2011? Aprendi muito...

No início do ano eu defendi a minha dissertação de mestrado. E depois, o que fiz? Alguns poderão dizer que eu não fiz nada, que eu perdi tempo, que as ações as quais me envolvi, não me trouxeram nada. Mas só eu sei o quanto as atividades que fiz neste ano me fizeram crescer e aprender. Eu vivenciei coisas boas e aprendi.
Eu não fiquei totalmente parada, não. Eu resolvi colaborar com o Macondo Coletivo, uma associação de produtores culturais independentes, que integra o Circuito Fora do Eixo. Antes de entrar para o grupo, eu já tinha vários amigos ali e prestigiava os eventos por eles organizados. Além do trabalho, as relações afetivas com as pessoas do Coletivo me atraíram.Também comecei a fazer a agenda do Boteco do Rosário e trabalhar na divulgação das ações do bar. Um trabalho com música, comunicação e cultura. Que eu curto fazer.

No Macondo Coletivo, participei da produção e divulgação de alguns eventos.
Por que fiz isso? Por que colaboro com uma rede sem receber salário? Por que me envolvo? É complexo responder a esta questão, mas, resumidamente, posso dizer que gosto de trabalhar com comunicação, música, arte e cultura. Já gostava e passei a gostar mais...
Então, eu me propus este ano a fazer coisas que nunca tinha feito, como trabalhar num bar, como organizar uma agenda musical, como produzir um evento...e trabalhei direto com comunicação, com redes sociais, com assessoria de imprensa, com texto, com jornalismo!
Sim, eu exerci o jornalismo. Não numa redação de jornal, não numa empresa, não em uma instituição convencional...Eu exerci o jornalismo na rede, eu conheci novas formas de comunicação, novos usos de mídias, novas sistematizações de informações, novas maneiras de fazer assessoria de imprensa e divulgação de eventos..Eu entrei numa rede que achei repleta de potencial na área da comunicação...

Então...próximo post: Por que eu vou no Congresso Fora do Eixo em São Paulo...