Fantástico. Podreza

Simplesmente patético e ridículo o que o Fantástico fez ontem: levou fãs de Michael Jackson a um estúdio para dançar o "thriller" tal como no clipe-curta-metragem do cantor. Por favor! Maquiagem ridícula, danças horríveis, cenas fechadas que não lembraram nem de perto o vídeo clipe. Os presos das Filipinas dançaram muito, mais muito melhor.

Aliás, overdose de Michael Jackson no final de semana, em todos os canais da TV Aberta. Domingo Espetacular, na Record, apresentou matérias interessantes. A MTV passou um TOP 40 com vídeo clipes além de um documentário. A Globo...bem...o Fantástico produziu as matérias clássicas sobre pessoas que conheceram Michael Jackson. Chatíssimo... O Fantástico anda muito, mas muito ruim. E não é só eu que estou falando, já ouvi várias pessoas reclamarem. Agora o programa resolveu levar convidados de outros programas da globo para o estúdio para falar besteira. Tédio total. As matérias são só sobre as novelas da própria Globo. A revista eletrônica largou o jornalismo para ficar só com o entretenimento e, ainda assim, ruim. Eu só ligo no Fantástico domingo para ver os gols da rodada. Porque o resto não vale mais a pena. Prefiro ver o Dr Pet.

Michael

A morte de Michael Jackson causou um rebuliço nos veículos de comunicação. Na televisão, as notícias sobre o coma-morte do cantor começaram a ser divulgadas à tardinha de ontem. As fontes que confirmavam a morte e o silêncio do hospital onde Michael estava internado deixaram todo mundo confuso. Confirma, não confirma, confirma, não confirma. A Internet ficou lenta, o twitter "over capacity".
No Jornal Nacional, o casal 20 chegou a ficar meio atrapalhado. A perfeita Fátima gaguejou e se enganou com as palavras no final e William, depois de corrigi-la, completou "estamos todos um pouco nervosos com a notícia de última hora". O video-show de hoje foi quase todo sobre o Michael e o Globo Repórter, que ia mostrar reportagens sobre comidas naturais (over and over again), mudou a pauta e vai falar sobre o astro. A Rede TV, hoje de manhã, levou um sócia do Michael ao programa e um fanático que tinha até tatuagem do astro.
No âmbito local, Diário e A Razão dedicaram uma página inteira ao rei do pop.
Eu curto muito as músicas do Michael Jackson, os video clipes, e adoro ver ele dançando. Good bye Michael.

UnMeeting

Uma poderosa epidemia ameaça uma cidade. Para se proteger do alto poder de contaminação da doença, autoridades proíbem qualquer tipo de aglomeração. Escolas e estabelecimentos públicos são fechados. Também estão proibidos cultos, missas, roda de capoeira, bingo, boates, bailes funks e tradicionalistas, chá das cinco, feiras, chimarrão na praça, fila no banco e do INSS, protestos, enfim, estão proibidas qualquer tipo de aglomerações a fim de evitar que a epidemia se espalhe (Em SM, o pessoal defensor do sossego público ia gostar desse decreto). A população se protege como pode. Máscaras se esgotam nas farmácias. Famílias estocam comida e aguardam por novas informações.

Os já infectados são isolados da população.
Esta é trama principal de UnMeeting. Em Breve. Num cinema BEM perto de você.

Animação nada animada

Fui ver Valsa com Bashir, que está em cartaz em Santa Maria. Excelente documentário, em animação, do israelense Ari Folman, sobre a guerra do Líbano em 1982. O fato de ser uma animação não ameniza o conteúdo violento do filme. Interessante, informativo, histórico, belo, sensível... e triste, pesado, dramático, revoltante.
Além de contar histórias da guerra do Líbano pouco conhecidas, por mim, pelo menos, o filme mostra interessantes diálogos sobre a memória e como ela opera em situações traumáticas como uma guerra.
Ótimo filme. Vale a pena.

Coisinhas lamentáveis: 1-Tive que ver uma propaganda da Ulbra antes do filme iniciar. 2- Só porque havia quatro pessoas na sessão das 17h15, o responsável pela projeção desligou o aparelho mal começou os créditos finais do filme. Que pressa, heim. Falta de respeito com os clientes. Já chega a pipoca ruim e cara.

Termina o 2º Fetism. Foi bem legal

Que pena...acabou o Festival de Teatro Independente de Santa Maria. Foi uma semana muito boa. Eu estudava à tarde e à noite ia no TUI assistir às peças. Foram seis espetáculos bem legais, seguidos de debates com as componentes do Júri Técnico. Fiquei em quase todos os debates. Foi muito bom e o público compareceu. Foram dias em que aprendi muito, muito mesmo, sobre teatro.

O Fetism começou no dia 16 e terminou neste domingo à noite. Estou vindo de lá agorinha.

Pelas minhas contas, 13 prêmios foram distribuídos. Nove deles foram para Uma Estória Abensonhada, peça baseada num texto do escritor moçambicano Mia Couto, com os atores imitando diferentes pessoas que a gente encontra no cotidiano; o que eles chamam "trabalho de mímeses".

Eis, então os premiados do 2º Festism:

Uma Estória Abensonhada (teatro Camaleão - SM) - Melhor figurinho, iluminação, cenário, ator, atriz, direção, trilha sonora, e melhor espetáculo pelo júri técnico e júri popular

Dorotéia (Cia Retalhos de Teatro - SM) - Melhor maquiagem, ator e atriz coadjuvantes.
Inspetor Geral (grupo de teatro da Unijuí) - Prêmio especial do Júri.

O Festival foi show. Parabéns para Vanessa, Cláudia e Cia.

A foto deste post é do espetáculo Dorotéia (tri bom). Quem tirou foi o Gabriel Araújo.

Estudantes e professores protestam no centro contra decisão do STF

"STF não vale nada! Jornalista sem diploma é palhaçada". Esta foi uma das frases entoadas por estudantes de jornalismo e professores no protesto realizado na manhã desse sábado no centro de Santa Maria. Surpreendeu-me a quantidade de estudantes e a mobilização do pessoal. Com narizes de palhaço, alunos do curso de Jornalismo da Unifra e da UFSM mostraram sua indignação com a decisão do Supremo de tirar a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Professores do curso de Jornalismo da Unifra engrossaram o coro do protesto. Não vi professores da UFSM. Durante a caminhada pelas principais ruas do centro, foram distribuídos materiais informativos à população, entre eles, a carta à comunidade, dos professores da Unifra, publicada neste sábado nos dois jornais locais. O texto divulgado fala qualidade da informação que, conforme os docentes, está atrelada à formação universitária. Um trecho da carta diz assim: Fazemos um apelo à sociedade para que esteja atenta aos processos que compromentem a qualificação dos profissionais do jornalismo. Leitores, telespectadores, ouvintes e internautas têm direito à informação plural e de interesse público, apurada por profissionais que acreditam e buscam o conhecimento teórico, técnico e ético nos bancos universitários.
Foi interessante o protesto. As pessoas recebiam o material, liam, queriam saber o que estava acontecendo. Muitas não sabiam do que se tratava. Não é sempre que a gente vê os estudantes de jornalismo mobilizados para alguma coisa.

Curiosidades -
-Deputado Paulo Pimenta, que é formado em jornalismo, acompanhou o ato, inclusive se manifestando no megafone.
-Veículos de comunicação cobriram o protesto. Estavam lá RBS, Pampa. Diário...A Pampa, óbvio, entrevistou o Pimenta.
-Professora da Unifra me disse que esperava que o curso de jornalismo da UFSM e o Mestrado em Comunicação da Federal se manifestassem também. No entender dela, se omitiram.
-Ouvi uma conversa engraçada de dois vendedores de jornais. "Agora nós tudo semo jornalista", disse um deles. Hahahaha...

Palhaços com registro?

Jornalistas diplomados e estudantes de Jornalismo estão revoltados mesmo com a decisão do STF de desobrigar a exigência do diploma para o exercício do jornalismo. Será que eu deveria estar também? Não sei, mas não estou. Enfim...

Recebi um email chamando para um ato, sábado, na Praça Saldanha Marinho, às 10h, em protesto à decisão do Supremo. Vejam a chamada que me chegou por email:

CIRCO CONTRATA PALHAÇOS REGISTRADOS OU APRENDIZES!!

De jornalistas profissionais a palhaços com registro

E queremos ver o circo pegar fogo!
Venha e participe!
Faça cópias do seu diploma, vista seu nariz de palhaço e defenda a profissão.

(Cópias do histórico acadêmico também valem!!)
Sábado, 20/06 10h
Praça Saldanha Marinho - Santa Maria.

O email é assinado pela jornalista Ana Cristina Bittencourt, formada pela Unifra e autora do blog http://www.cemmeiaspalavras.blogspot.com.
Fica aí o convite para quem quiser ir lá "defender a profissão", hehe. Levem seus diplomas ou histórico acadêmico no caso dos estudantes. Acho engraçado os estudantes de jornalismo ficarem indignados. São os primeiros a aceitar trabalhar como estagiários ou colaboradores nos veículos de comunicação, receber menos da metade do piso, tirar o trabalho de profissionais formados com o argumento "tenho que praticar". Depois se formam e vêem vagas serem ocupadas por outros estagiários. Os estudantes de jornalismo que já estão trabalhando como jornalistas devem estar felizes, pois estão usufruindo do direito de trabalhar na área sem diploma. Estes não têm motivo para ficarem indignadinhos. Aqui em Santa Maria, há estudantes já atuando como jornalistas, produzindo reportagens, apresentando programas...Agora são jornalistas, não diplomados, exercendo um direito que lhes cabe e que acaba de ser autorizado pelo Supremo.
Como a categoria dos jornalistas é muuuuuuuito mobilizada, estou surpresa para ver o protesto de sábado.

O diploma não é mais necessário, mas tem seu valor

O diploma em jornalismo não é mais necessário para exercer o jornalismo. STF decidiu isso nessa quarta-feira. O que me deixa com nojo é ver este assunto ser discutido por aqueles ministros do Supremo que não simpatizo nem um pouco. Parecia um monte de palpiteiros achando que sabem alguma coisa sobre ser jornalista. Eca! Não queria que eles decidissem isso, não eles. Mas, enfim. Não vejo motivo para desespero. O mundo não vai acabar. Não acredito no enfraquecimento dos cursos de jornalismo. Se assim fosse, não haveria cursos de publicidade, desenho industrial, artes plásticas, cênicas etc. Continuo achando o diploma importante, mas ele não é sinônimo de boa formação e de jornalismo de qualidade. Isto a gente vê no cotidiano. Há muito bom jornalismo sendo feito na Internet, por exemplo, tanto por jornalistas diplomados como não diplomados. O jornalismo é maior que os jornalistas, diria a Ivana Bentes, professora do curso de Comunicação da UFRJ que é favorável a não obrigatoriedade.
A decisão pode ter algumas consequências não muito agradáveis como a precarização ainda maior da profissão, redução de salários, e talvez uma desqualificação do próprio jornalismo. Talvez.
Leandro Fortes divulgou um bom texto em seu blog defendendo o diploma com muita propriedade. Paulo Henrique Amorim, a sua maneira, também opinou em sua página. Dois pontos de vistas diferentes. Nenhum sem razão.
Bom texto também de Alex Primo, no http://www.interney.net/blogs/alexprimo/.

Acaba consulta na UFSM

Ufa! Acabaram as eleições para reitor da UFSM. Foi tudo bem, ninguém morreu e temos definido o futuro reitor, o atual vice Felipe Muller, da chapa 2. Dos 11 mil votos, 7.700 foram de estudantes. Acho que foi expressivo até o número de alunos que votaram.
Os dois jornais locais manchetearam o feito. Se gastaram, heim, já que o resultado só saiu depois da uma hora da manhã. O Diário deu três páginas ao assunto, uma só com a vida do vice-reitor desde que ele tinha 9 anos (texto que devee estar pronto há uma semana), outra com a matéria principal e ao lado uma coluninha de momentinhos da campanha contendo curiosidades totalmente dispensáveis como "Dalvan tomou um mate antes de votar", e outra com cases de funcionários, professores e alunos que foram votar. O jornal A Razão deu uma página só, com as informações mais importantes e um diferencial: um box com o resultado da votação por centro, mostrando como cada candidato foi nos diferentes centros de ensino e campi de Frederico e Palmeira das Missões. As fotos de capa bem características de uma eleição: os vencedores comemorando, fazendo o V de vitória, abraçando militantes, enfim, fotos de políticos vencedores.

Acabou então. A UFSM pode voltar a sua normalidade (?).

O (di)lema do (di)ploma

Parece que hoje o STF poderá votar a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo. Confesso que sobre este assunto estou sempre em cima do muro. Como jornalista formada, tendo a defender o diploma, mas não sei se este não é um sentimento bem capitalista mesmo, a favor da reserva do mercado, uma espécie de prepotência minha, de querer que as pessoas estudem antes de sair por aí dizendo que são jornalistas. Confesso novamente que me irrito um pouco quando um radialista, por exemplo, não formado, vem dizer para mim que é um jornalista. Mas são neuras minhas. Tendo a pensar diferente quando leio textos como o do Túlio Vianna, publicado no blog dele nessa terça-feira. Tem umas coisas ali que não concordo. Ele restringe a atividade a uma questão de talento e eu não acredito que seja assim. Mas, há outros argumentos interessantes a favor da não obrigatoriedade do diploma. E vale a pena ler os comentários.

Semana do teatro independente

É nesta terça-feira, dia 16, que começa o 2º Festival de Teatro Independente de Santa Maria, o Fetism. Todos os espetáculos começam às 20h, no TUI, rua Duque de Caxias, número 380. Depois de cada apresentação, é realizado um debate, o que acho bem interessante. Haverá espetáculos de SM, Porto Alegre e Ijuí.

A programação do Fetism está bem legal e inclui, além das peças teatrais, shows musicais, oficinas, encontros, festas e Mercado das Pulgas.
Um bom texto sobre o Festival está no portal Fora do Eixo.

O Fetism vai até o domingo, dia 21 de junho. A programação completa e outras informações estão no site do Festival.

Autossabotagem

O Diário de Santa Maria se autossabotou neste final de semana. O Caderno Mix nunca esteve tão ruim. Confesso que não li o artigo do Márcio Grings, dei uma olhada meio por cima, vi que tinha muitos nomezinhos e datas e fiquei com preguiça de ler. Mas a matéria sobre autossabotagem, chupada do Correio Braziliense, merece um prêmio de tão superficial. Tudo bem, Diário! Jornalismo cansa mesmo, vai ver não tinha mais nada interessante para colocar....
O Diário preza tanto, mas tanto pelo local; só que desta vez nem se preocupou em trazer algum exemplo local ou entrevistar algum profissional local. O texto da matéria de capa do Mix é ruim, assim como os exemplos de autossabotagem.

Paragem do Tempo

Estive na Cesma quarta-feira à noite para o lançamento do documentário Paragem do Tempo, dirigido pela minha querida colega de faculdade, Carolina Berger. Saí meio frustrada porque resolveram passar somente 5 minutos do filme que tem 52 min. Mas, tudo bem. Assisti ao filme inteiro na quinta-feira, pela TV Brasil.
Eu não sabia quase nada da história de Minas do Camaquã e passei a conhecer aquela realidade através do filme da Carol. Isso é legal, visto que o filme foi transmitido para todo o Brasil. O filme é muito bom. Eu não sou boa para comentar filmes, mas sei reconhecer a qualidade de uma narrativa. E Paragem no Tempo tem toda a qualidade e o profissionalismo que o tornam um filme belo, humano e impactante também pelo que ele desvenda sobre um local e sua história.
No lançamento, a Carol comentou que o filme é a concretização de uma idéia antiga que ela tinha. Ela falou também do prazer que foi entrar em contato com os personagens do documentário. "É um filme sobre o tempo e sobre a relação das pessoas com um lugar que sempre representou o sustento delas", disse ela.
O jornalista Francisco Dalcol escreveu um excelente texto sobre o documentário na edição do Diário de sexta-feira. Ele falou da sugestão que há através das imagens, que aliás, são fotografias belíssimas. Imagens estáticas, poucos movimentos de câmera, contemplações...Uma das coisas mais impressionantes do filme são os sons captados...
Eu que conheço um pouquinho a Carol, a reconheci no filme. Principalmente pelas semelhanças narrativas que Paragem tem com Herança, o documentário que ela fez sobre o processo de desertificação de uma região do Estado.
Parabéns Carol!

A UFSM e sua estranha eleição

O bicho tá pegando na eleição para Reitoria da UFSM!! A semana, que na UFSM acaba hoje, foi de bandeiraços, arrastões nas salas de aula e distribuição de materiais não muito elegantes, digamos assim. Entre segunda e quarta-feira recebi quatro materiais diferentes da Chapa 1 que é bem onipresente; o que pode ser visto tanto positivamente quanto negativamente. Afinal, a propaganda é do jogo político mesmo, eu sei. Também é do jogo político denegrir a imagem do concorrente. Mas, às vezes, as estratégias de ataque podem ser prejudiciais também para a parte que ataca.
A Chapa 1 resolveu assumir uma estratégia mais agressiva nos últimos dias. Distribuiu materiais vinculando a fraude do Detran com o atual reitor. Novidade mesmo não há nenhuma, mas os textos misturando tudo causam sensação. O panfleto ainda faz denúncias contra o atual vice-reitor e candidato. Tudo muito por cima, sem grandes explicações. Pra que? O importante é largar na rua! (ironia). A moda agora é largar material propagandeando a redução da fila do RU e melhoria da qualidade do transporte coletivo. Como se estes fossem os únicos problemas dos estudantes e da Universidade. Promessas e mais promessas! Será que isso será suficiente para motivar os alunos a votarem no dia 16? Tenho minhas dúvidas.
Na segunda-feira, a turma de Laboratório de Jornalismo Digital do curso de Jornalismo recebeu a visita de militantes da chapa 1. Quatro pessoas entraram na sala, mas só um funcionário aposentado falou ao alunos. Aliás, ele não falou, ele vociferou. Uma abordagem completamente desastrada e desqualificada. O cara falou mal da chapa 2 o tempo inteiro se valendo de um discurso panfletário e vago. Depois de relatar todo o seu currículo de funcionário aposentado (a quem interessa saber da vida dele?), o cara começou a falar em ditadura na Universidade, gestão autoritária e conservadora, reafirmando que a chapa 1 vai mudar, vai renovar, vai valorizar os alunos. Não citou UMA proposta, apenas atacou a outra chapa. A sensibilidade foi tanta que eles não foram capazes de perguntar de que curso era a turma com a qual eles estavam tentando se comunicar. E também não convidaram os alunos a participar do debate que ocorreria no dia posterior, na União.
Por outro lado, fiquei sabendo que realmente estavam passando listas de adesão entre os funcionários da Universidade para que apoiassem a chapa 2. Não acho isso legal.
Situação, Oposição; Renovação/Continuidade. Por uma nova ufsm ou por uma universidade de ponta...a ponta. Será que realmente estas duas chapas são diferentes?
Sinceramente, não sei mais o que pensar. Sinto-me pouco motivada a votar.
O que sei é que a Universidade é maior que tudo isso!

Blog da Petrobras irrita grande mídia

Nossa! Blogs estão incomodando muita gente. Os grandes jornalões brasileiros estão indignados com o Blog Fatos e Dados, da Petrobrás, lançado recentemente. A ideia da estatal foi aumentar ainda mais os canais de comunicação entre a estatal e a imprensa e, principalmente, publicar esclarecimentos à sociedade sobre muitas bobagens que são veiculadas pela mídia. Afinal, já está se tornando comum os veículos publicarem inverdades e não corrigirem com o devido destaque. Com o blog, a Petrobrás pode desmentir informações e publicar o que considera a verdade dos fatos ou a sua versão dos fatos.

Polêmica - Pois bem, o blog da Petrobrás tem publicado a íntegra das respostas que a empresa fornece aos veículos de comunicação. Aí está a causa principal da chiadeira das empresas jornalísticas que alegam que a estatal está "vazando" no blog informações obtidas por jornalistas, o que significaria, para os veículos, quebra de de confidencialidade ou ilegalidade na publicação das perguntas e respostas enviadas aos jornalistas. No blog, a Petrobrás disse ontem, em nota oficial, que a Petrobras tem liberdade para publicar a íntegra das respostas que fornece aos veículos de comunicação porque é fonte e detentora dos dados disponibilizados. No campo jurídico, especialistas consultados reafirmam a legalidade de nossa decisão. Cabe-nos, entretanto, ressaltar que a medida não tem como objetivo prejudicar o trabalho dos jornalistas. Com efeito, a relação entre a Petrobras e os veículos de comunicação que a interpelam é essencialmente pública. Tanto as respostas da Petrobras são públicas quanto as perguntas dos repórteres também o são, ou deveriam ser.
Concordo em gênero, número e grau com a Petrobras! A Folha de São Paulo, uma das mídias irritadinhas com o blog, tem se destacado em alterar entrevistas com fontes, da maneira que lhe interessa. No momento em que a íntegra dessas entrevistas são publicadas, fica difícil do jornal se justificar de distorções cometidas. É isso aí! Quanto mais informação, melhor! Esta reação ao blog da Petrobras representa um ranço com os blogs de maneira geral, porque são os blogs que têm desmascarado alguns veículos de comunicação brasileiros.

mau humor azul

Pessoal, tive que mudar o layout do blog porque aconteceu um problema com a cor da fonte do texto no formato anterior. Eu postava, dava erro, e o texto desaparecia. Incompetência do Blogger! Precisei mudar para as postagens aparecerem! Espero que não estranhem!!! Saiu o preto e entrou o azul. É provisório, se não me acostumar, troco novamente.

Artes e artes na Presidente

Muito legal a Feira de Múltiplas Artes que ocorreu sábado à tarde, no pátio do MASM, na Avenida Presidente Vargas. Os produtos à venda estavam bem variáveis. Havia mantas, pulseiras, prendedor de cabelo, golas, bolsas, carteirinhas, cintinhos, colares, mil coisinhas muito lindas!!! Também estavam lá pessoas vendendo artesanato, esculturas e telas.
Esta é a segunda edição desta Feira, que, é bom dizer, congrega o pessoal que participa do Mercado das Pulgas que já acontece há um tempinho na cidade. Também é bom esclarecer que a Prefeitura não é o pai da criança. A criança, no caso, é a Feira de Múltiplas Artes. Pelo que entendi, a Prefeitura fez uma espécie de parceria com o pessoal, que já estava expondo suas produções em outros locais, e resolveu reunir tudo lá no pátio do MASM. Gostei do lugar, acho que funcionou legal. A Prefeitura, através da Secretaria de Cultura, tem mais é que apoiar e dar suporte para estas iniciativas.
A Feira ocorre todo o primeiro sábado de cada mês.

Seminário discute bens culturais em SM

Ontem, dia 05 de junho, a Cesma foi sede do Seminário Estadual para Auto-sustentabilidade Cineclubista/RS. Como tive aula de manhã, participei da Mesa da tarde sobre Direito Autoral e Constituição de Redes com o jornalista Antonio Martins (à esquerda da foto) e o professor Gilvan Dockhorn. A mediação foi do Leonardo Foletto (centro da foto), jornalista santa-mariense, mestrando da UFSC e editor do blog baixacultura.org. Foi uma discussão muito interessante sobre direitos autorais, socialização de bens culturais entre outros assuntos.

Cineclubes - Gilvan, que também trabalha com cineclubismo, disse que filmes brasileiros que não fazem parte de um circuito comercial de exibição só são vistos em festivais e, depois, nos circuitos de cineclubes. Para ele, há muita coisa sendo produzida no Brasil, mas há dificuldades de distribuição desses produtos. Daí a importância dos cineclubes e de uma formação de profissionais cineclubistas. Tenho dúvidas sobre o futuro dos cineclubes. Serão eles um nicho de mercado, que vai sobrevivendo por causa da fidelidade de seu público? Gilvan acredita que a grande potencialidade do cineclube é o debate sobre os filmes, as discussões que ocorrem após as exibições. Talvez...

Jornalismo - Antonio Martins falou da crise dos meios de comunicação decorrida da queda de leitores e expectadores dos veículos tradicionais de comunicação. Conforme ele, isto vem acontecendo devido a uma mudnça de hábitos culturais e ao surgimento de novas mídias como os blogs. "É mais confiável obter informações de um conjunto de fontes do que ser assinante de um jornal que vai entregar um produto empacotado e pronto", disse ele. Neste contexto, Martins destacou a importância da desmercantilização dos bens culturais. "A cultura e a comunicação de massa são paradigmas associados à modernidade e estão em crise, assim como estão em crise também as formas políticas de representação".

A rede mundial de computadores está proporcionando a troca de produtos culturais. O jornalismo, o cinema, a indústria fonográfica estão sofrendo as transformações ocasionadas pelas mudanças tecnológicas.

Como superar as relações mercantis e os problemas de direitos autorais? Como criar formas alternativas à mídia tradicional? Para Martins, é preciso políticas públicas como Internet banda larga para a população. Outra idéia seria a remuneração, com recursos públicos, a pessoas que estão produzindo comunicação não mercantilizada. Editais de concursos para rede de blogs, por exemplo, criação de programas de formação, oficinas, prêmios, estímulos a formação de redes de blogs sobre difusão do cinema, são idéias que Martins acredita que possam mudar este sistema mercantil dos bens culturais. "Estamos vivendo um momento muito rico, muito extraordinário", disse o jornalista.

Como eu disse, as palestras foram bem interessantes. Uma pena que mais pessoas não se mobilizaram a ir lá na Cesma ontem à tarde. Não vi muitas pessoas da área cultural, do cinema ou da música. Poucos jornalistas também. Perderam.

Posts and comments

Oba! Fiquei feliz com os vários comentários do post "Imagens chocantes" sobre a campanha do grupo RBS contra o Crack. Fico tri contente quando meus posts geram debates. Um dos objetivos de um blogueiro é justamente este: oferecer espaços de discussão. Registro que os comentários estão muito melhores que o meu post. Boas opiniões e análises, algumas bem mais aprofundadas do que o meu texto que se limitou em criticar as imagens "estéticas" da campanha "Crack. Nem Pensar". Notem que todo mundo começou a usar a camiseta da campanha, até mesmo jogadores de futebol. Adesão verdadeira ou jogadas de marketing?
Campanhas contra drogas sempre geram questionamentos. Uma vez escutei um representante da OAB local dizendo que estas iniciativas anti-drogas não mostram mais resultados e que é necessário rever os discursos comuns que predominam nestas campanhas. A RBS publicou em recente editorial dizendo que agora está lançando "uma bandeira de guerra contra um inimigo terrível, que escraviza pessoas, destrói famílias, degrada a juventude, estimula o crime e provoca mortes". Será que com este discurso de eleger o crack como a força malígna do momento contribui para encontrar soluções?

Um mundo de especulações

Os especialista em aviação nunca foram tão procurados em suas vidas. Aliás, já foram sim, na cobertura do acidente da TAM. Cada um deles se arrisca em uma explicação inédita para explicar o que teria acontecido com o avião que desaparece com 228 passageiros.
Além de ver as mesmas imagens, as mesmas entrevistas, durante a semana, ouvi váááááárias causas do acidente. Registro algumas:

-o avião foi atingido por um megaraio (parece que esta já está descartada porque seria impossível um avião daquele tamanho ser vencido por um raio)
-o avião se desintegrou no ar sem causa aparente (essa é boa!)
-o avião se chocou contra um granizo gigante (nossa!!!essa eu ouvi hoje no rádio)
- o avião passou no meio de uma supertempestade e não aguentou o tirão (essa é uma das mais comuns)
- o avião foi atacado por mísseis de algum lugar, num ataque terrorista (chegaram a falar da hipótese no primeiro dia de cobertura jornalística)
-o avião estava com um contâiner solto dentro dele que pode ter se chocado com alguma coisa e provocado uma explosão
-pássaros na turbina; falhas nos motores
- o avião foi vítima de controladores de tráfego aéreo brasileiros incompententes (essa é a versão do motorista do Legacy, aquele avião que desligou o transponder e se chocou com o da Gol)
-o avião foi vítima de uma política falha do governo Lula em relação à estrutura dos aeroportos e do sistema de aviação (essa é uma causa não diretamente relacionada ao acidente, mas que sempre é lembrada por alguém).

Mistério....e deleite dos jornalistas. Competição: quem vai descobrir primeiro, quem, quem?

Imagens chocantes

Vejam esta fotografia ao lado. É uma foto artística? É uma foto promocional de um filme de "infectados", ou morto-vivos do Danny Boyle? Já sei. É a guria que faz o Exorcista. Não! É a foto que saiu hoje nos jornais da RBS, na página central do Diário de Santa Maria, sobre a campanha contra o crack: "Crack. Nem Pensar".
Uma modelo, rosto perfeitinho, maltratada pelo crack. Uma imagem chocante, realmente. Ai, meu pai. Por acaso esta fotografia passa alguma sensação de realidade? É para assustar isso? Esta guria da foto está mais para adolescente emo de castigo do que para viciada em crack, por favor!
Talvez ela seja a representação de uma filha de um granfino que se viciou em crack. Só pode ser piada. A classe média alta gaúcha deve usar drogas mais sofisticadas. Ai, Silvana. A campanha quer mostrar que o crack atinge todas as classes, todas as pessoas, toda a sociedade. Aham.
É desse jeito que vamos combater o crack? Sim, é um problema sério; sou favorável ao envolvimento das instituições em políticas que possam trazer soluções. Mas me pergunto qual seria o objetivo dessas campanhas. As chamados do rádio são ridículas.

Como fugir de campanhas estereotipadas como essas? Como tratar um tema sério como esse? Colocando pessoas nitidamente maquiadas para mostrar uma falsa decadência dos viciados em crack?
De verdade, tenho dúvidas, muitas dúvidas.

Crack na mídia

Crack, nem pensar. Mais uma campanha do Grupo RBS contra as drogas. Será uma campanha diferenciada das outras?
Falarei sobre isso depois...ainda estou em fase de análises...