quarta-feira, 7 de julho de 2010

um post atrasado...resquícios de uma copa

Sacanagem. Tinha até comprado um all star totalmente patriótico para torcer para a seleção brasileira...e acontece a tragédia: Brasil, sil, sil, eliminado nas quartas de final da World Cup.
Mentira minha. Comprei este all star já faz tempinho numa promoção: 30 reais. Só uso com calça mais comprida porque não curto all star botinha, ainda mais com essa bandeira estampada. Aliás, não curto moda copa, e, principalmente, vestimenta verde-amarela. Argh! Talvez eu usasse a camiseta azul da seleção, que é muito mais bonita que a verde-amarela.

Nunca me empolguei muito com a seleção brasileira. Torço muito mais para o Inter do que para o Brasil, sil, sil. Isso que não sou gaúcha separatista. Não acho que o RS é melhor que os outros Estados ou que os gaúchos são superiores aos demais brasileiros. Tenho asco deste discurso.

Até queria que a seleção tivesse ganho só pra não ouvir o discurso de que a eliminação do Brasil era prevista, de que o Dunga deveria ter levado tal e tal jogador, de que o método Dunga é falho e tals...ai, como nossa imprensa julga e condena...é complicado!
E aí o detestável show da vida, o Fantástico, promove uma reunião de psicólogos para explicar sobre o psicológico da seleção brasileira no jogo contra a Holanda. Comentários óbvios e absurdos. Por que os psicólogos parecem sempre óbvios pra mim? Me digam algo que não sei...

Professor Juremir Machado escreveu ótimos textos sobre o Dunga, amado e odiado. Vale a pena dar uma lida nos textos dele que estão no site do Correio do Povo. Odiado porque não fez o jogo da mídia, não se deixou influenciar e escolheu os jogadores que quis, porque é lacônico, curto e grosso; perdeu a copa e foi mais odiado ainda por isso. Amado porque, a sua maneira, meio tosca até, enfrentou a Globo e terminou com os privilégios dados a uma única emissora, amado também porque é autêntico e digno, muito digno.
Uma das coisas que Juremir fala é que a mídia hiperdimensiona as coisas, gera expectativas no público, as quais não se concretizam. Ele cita o exemplo dos craques Kaká, Cristiano Ronaldo, Messi e Rooney.
Vejam o que o Juremir diz, com muita razão:

"Basta um chapéu para que a mídia já invente um extraterrestre.
É o hiper-realismo do futebol. Um jogador não passa a ser o melhor por ter sido escolhido o melhor do mundo, mas, por ter sido o melhor do mundo, vira para sempre o melhor. O melhor do mundo é o melhor de um ano. Uma escolha que envolve alguns elementos objetivos e uma infinidade de circunstâncias. O hiper-real é aquilo que se torna mais real do que o real. Por ter feito mais gols, um jogador pode ser eleito melhor de um ano, melhor do mundo. Por ter sido melhor do mundo, ele se torna um extraclasse, um fenômeno, um craque. Mas os craques de hoje estão apenas um dedo acima dos medianos. Daí as decepções. Espera-se que eles façam magias. Eles só fazem, quando fazem, um pouco mais do que a média. A mídia sabe que sonhamos com o extraordinário. Dado que ele não existe, ela o inventa. Quer dizer, acelera. É um efeito. A gente acredita. Afinal, queremos ilusão. A mídia cobra dos jogadores aquilo que eles não prometeram, mas que ela lhes atribuiu".

É...para pensar...
Daqui a 4 anos, talvez eu não esteja mais usando all star. Talvez este all star nem exista mais...(????)...

3 comentários:

  1. Silvana!

    Talvez você não exista mais, talvez eu... quem sabe.
    Viver é aprender a morrer... por mais que se viva nunca se aprende.

    Sucesso "suerte"...

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  2. Siiiiimmmmmm!!! Talvez eu não exista mais mesmo. Posso vir a ter um AVC fulminante antes de 2014. Bah!! Viver é aprender a morrer? Acho que sim. Mas é certo que nunca estamos preparados para isso mesmo.

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  3. Silvana minha gata, me vende esse all star lindo *-* amei ele.. pleease :/

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