sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Por que eu vou ao #Congresso FdE - Reflexões

Encontros
No domingo, dia 11, eu e mais uma galera, sairemos de Porto Alegre, às 11h, rumo a São Paulo, capital. Lá vai acontecer o IV Congresso Fora do Eixo e eu vou como representante do Macondo Coletivo, que faz parte do Circuito Fora do Eixo.
Mas eu não vou ao Congresso só porque colaboro ou integro o Macondo Coletivo. Eu vou como cidadã e jornalista, interessada nas discussões que vão ocorrer no evento, interessada nos debates sobre cultura, comunicação, jornalismo, uso de novas mídias, de novas tecnologias.

O IV Congresso é o maior encontro de coletivos do País que vai discutir uma diversidade de temas relacionados à cultura, política e comunicação. Entre os convidados para os debates, estão Cláudio Prado (coordenador da ONG Laboratório da Cultura Digital), Carlos Miranda (produtor musical), Ivana Bentes (professora da UFRJ), Renato Rovai (Revista Fórum). Na programação, estão previstas mini-conferências sobre música, política, comunicação, negócios, produção, gestão e cultura digital, Seminário da Música Brasileira, reuniões sobre Comunicação e Midialivrismo, Encontro da rede das redes, Universidade da Cultura Livre, Banco da cultura e alternativas criativas, Encontro de Jornalismo Cultural do Brasil.
Paralelo ao evento, acontece o Festival Fora do Eixo com apresentação de mais de 40 artistas e shows gratuitos.

Por que eu vou
Eu penso que o Fora do Eixo é uma rede cheia de potencialidades, rica, diversa, plural. Acolhe pessoas e grupos que trabalham com diferentes formas de arte e de linguagem. O uso das ferramentas de comunicação é um dos pontos que considero mais interessantes e produtivos do FdE. As newsletters, a Pós Tv, o uso das redes sociais, os blogs, a colaboração etc. Outra coisa que curto muito é a conexão com os artistas independentes e a produção de festivais.
A linguagem da música, do teatro, do cinema, da literatura. E a comunicação perpassando todas estas formas de expressão. Isso é massa! Isso me motiva! Isso me faz participar da rede, de trampar e fazer o que é possível para eu fazer. Gosto de escrever, de me envolver com divulgação, assessoria de imprensa, cobertura. Onde houver espaço e motivação pra fazer isso, eu faço.

Eu não sou fantoche; não trabalho de graça para alguém se promover no Fora do Eixo. Eu não sou boba nem manipulável. Se estou no Macondo Coletivo, se contribuo para a rede é porque no momento que me dedico a ela, aprendo também; tenho um retorno, que é intangível, imaterial, não quantificável, mas só eu sei a importância e o ganho que tenho.
É claro que eu não acho que o FdE é uma maravilha, uma rede perfeita, totalmente coerente, coesa, organizada. Tenho minhas restrições a ela; tenho críticas e as publicizo quando acho que isso deve ser feito; A rede tem algumas dinâmicas e práticas com as quais eu não concordo, não compactuo, não compartilho. E isso é tranquilo.E quero acreditar que a rede seja aberta a críticas e receptiva ao diálogo como ela se propõe a ser. Se eu achar que o Circuito não está indo para um lado legal ou se eu não me sentir mais à vontade colaborando com ele, eu me retiro numa boa. No momento, eu me sinto bem participando dela, eu visualizo oportunidades interessantes de produção cultural, possibilidades ricas de movimentações político-culturais. É isso.

Macondo Coletivo
O Macondo Coletivo está passando por dificuldades de estruturação. Nele, eu atuava no cineclube, na comunicação e também na produção de alguns eventos. Festival de Teatro Independente de Santa Maria, Grito Rock, Macondo Circus, Noites Foras do Eixo; eventos fundamentais para Santa Maria, que tenho orgulho de dizer que contribui para que eles acontecessem. Parcerias legais foram feitas, trocas, trabalho, união, amizades. Mas desentendimentos, desadesões e conflitos também ocorreram este ano no Coletivo. Foi difícil e está sendo difícil este período de redefinição, este momento de desestímulo e desmotivação, talvez.  Eu não sei se vou continuar no Macondo Coletivo, não sei o que vai acontecer; se o Coletivo vai mudar de nome, vai ser esvaziado, reconstruído, reformulado...não sei mesmo. É por isso também que vou ao Congresso. Pra ter mais clareza em relação ao Coletivo, às pessoas que faziam ou fazem parte dele; pra ter mais clareza e compreensão do próprio Fora do Eixo, ainda cheio de coisas a serem descobertas e entendidas, pelo menos por mim.

Casa FdE - Cheguei na Casa Fora do Eixo Porto Alegre na quinta-feira ao meio dia. Está sendo bem legal a vivência aqui; acompanhar a rotina da Casa, as preparações para o Congresso, as dificuldades enfrentadas, a produção dos vídeos, as visitas e a empolgação da galera. Estou tentando ajudar no que for possível, seja contribuindo na divulgação do material,ajudando nos mapeamentos, tuitando, compartilhando...

seja ajudando na dinâmica da casa, como fazer o almoço, por exemplo.Galera aqui da Cafe FdE Poa é muito legal. Obrigada Tatiana, Natália, Atílio e Jocemar. Cláudia já estava em São Paulo quando cheguei.



Amanhã, domingo, uma caravana composto de quase 40 pessoas de várias cidades do Estado estará saindo de Porto Alegre rumo a São Paulo. Chegaremos lá na segunda-feira, dia 12, pela manhã. Tenho certeza que vai valer a pena participar desse Congresso.
Até mais!

PS: (Aqui está o press kit e a News do #Congresso FdE)


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O que eu fiz em 2011? Aprendi muito...

No início do ano eu defendi a minha dissertação de mestrado. E depois, o que fiz? Alguns poderão dizer que eu não fiz nada, que eu perdi tempo, que as ações as quais me envolvi, não me trouxeram nada. Mas só eu sei o quanto as atividades que fiz neste ano me fizeram crescer e aprender. Eu vivenciei coisas boas e aprendi.
Eu não fiquei totalmente parada, não. Eu resolvi colaborar com o Macondo Coletivo, uma associação de produtores culturais independentes, que integra o Circuito Fora do Eixo. Antes de entrar para o grupo, eu já tinha vários amigos ali e prestigiava os eventos por eles organizados. Além do trabalho, as relações afetivas com as pessoas do Coletivo me atraíram.Também comecei a fazer a agenda do Boteco do Rosário e trabalhar na divulgação das ações do bar. Um trabalho com música, comunicação e cultura. Que eu curto fazer.

No Macondo Coletivo, participei da produção e divulgação de alguns eventos.
Por que fiz isso? Por que colaboro com uma rede sem receber salário? Por que me envolvo? É complexo responder a esta questão, mas, resumidamente, posso dizer que gosto de trabalhar com comunicação, música, arte e cultura. Já gostava e passei a gostar mais...
Então, eu me propus este ano a fazer coisas que nunca tinha feito, como trabalhar num bar, como organizar uma agenda musical, como produzir um evento...e trabalhei direto com comunicação, com redes sociais, com assessoria de imprensa, com texto, com jornalismo!
Sim, eu exerci o jornalismo. Não numa redação de jornal, não numa empresa, não em uma instituição convencional...Eu exerci o jornalismo na rede, eu conheci novas formas de comunicação, novos usos de mídias, novas sistematizações de informações, novas maneiras de fazer assessoria de imprensa e divulgação de eventos..Eu entrei numa rede que achei repleta de potencial na área da comunicação...

Então...próximo post: Por que eu vou no Congresso Fora do Eixo em São Paulo...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Vai uma versão aí?

Coisa que me deixa de mau humor é escutar versão tosca de músicas bacanas. Odeio!
Tem versão tupiniquim que realmente não funciona.
Ontem eu estava circulando num shopping da cidade e tive a infelicidade de ouvir a Ana Carolina cantando, em português, a linda "The Blower's Daughter", do Damien Rice. Pelo Amor de Deus! "Eu não sei parar de te olhar, não vou parar de te olhar..." não soa bonito como na música original. Não adianta forçar.
Achei bem ruim, principalmente o refrão.  E a frase inicial da música "So it is" virou "é isso aí".."É isso aí, mano véio". Aff!  Estou implicando com a Ana Carolina e, no caso, com o Seu Jorge, que a acompanha nessa superversão? Talvez sim.
"The Blower's Daughter" virou "É isso Aí". Coisa mais deselegante!




A música original é supermelosa, sim, mas acho bonita e cantada com muito mais sentimento. Intraduzível, na minha opinião:


Pior que a Zélia Duncan e a Simone também gravaram uma versão de "Blower's Daughter". Uhuuu!! O nome ficou "Então me diz.." e o refrão mudou para "Eu só sei olhar pra vc" e colocaram também um "Só sei pensar com vc" (WTF). Não gostei dessa versão também, especialmente o final, que ficou meio sertanejo.


E a chatíssima Cláudia Leite conseguiu estragar a música "Billionaire" do Travie MacCoy com participação do Bruno Mars.



Ai, Claudia, senta lá...e não sai nunca mais, POR FAVOR! Billionaire virou "Famosa". Na letra original, os cantores falam em ficar bilionário para dar entrevista a Oprah,a célebre entrevistadora da TV americana. Na versão da Cláudia Leite, a Oprah virou Jô Soares, haha. Só que a Claudinha querida misturou a música original, cantando algumas partes em português. Billionaire já tinha uma letra meio idiota, mas ficou mais idiota ainda na adaptação da Leite.

"Eu quero ser muito famosa
E usar apenas Louboutin
Ter no Twitter um milhão de fãs
Eu quero um carrão blindado
E você do lado
Quero selinho da Hebe Camargo"


Encontrei um post do blog Faixa Livre, que comenta sobre versões brasileiras de músicas internacionais.
Vou colar aqui uma parte da lista de versões que existe na postagem:


Rita Lee
Menino Bonito - Beautiful Boy (Beatles)
Minha Vida - In My Life (Beatles)
O Bode e a Cabra - I Wanna Hold Your Hands (Beatles)
Pra Você Eu Digo Sim - If I Fell (Beatles)
Tudo Por Amor - Can't Buy Me Love (Beatles)
Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar - Here, There and Everywhere (Beatles)

Não gosto.
Em "Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar", tem uma hora que a Rita canta "I love you pra chuchu. Se vc não está perto eu fico jururu". ECA!! Tudo bem aportuguesar a letra, mas não precisa avacalhar tanto assim..
OK, "Minha Vida" até que ficou bonitinha.



Nenhum de Nós
Astronauta de Mármore - Starman (David Bowie)

Eita! Conheci primeiro a versão do Nenhum de Nós. Ela é mais chorosa, melancólica; ficou bonita a melodia. Mas Bowie é Bowie né. Simplesmente, bom demais!


Engenheiros do Hawaii
Era Um Garoto, Que Como Eu... - C’era Un Ragazzo Che Come Me... (Gianni Morandi)
Também conheci primeiro a versão gaúcha, mas a original é bacana.

O Rappa
Hey Joe - Hey Joe (Jimmy Hendrix)
Ahá. Gosto dessa versão brasileira do Rappa com o Marcelo D2.



Zé Ramalho
Bate Bate Bate Na Porta do Céu - Knocking On Heaven's Door (Bob Dylan)
Terrível. Sem mais comentários.

Titãs
Querem Meu Sangue - The Harder They Come (Jimmy Cliff)
Gente, eu nem sabia que essa música era do Jimmy Cliff. Não curti a versão roqueiro feliz dos Titãs. Prefiro então a gravada pelo Cidade Negra, que é bem mais bacana.

Ira!
Você Ainda Pode Sonhar - Lucy In The Sky With Diamonds (Beatles)
Nada a ver este refrão: "Você ainda pode sonhar" no lugar de "Lucy In The Sky With Diamonds".



Zezé Di Camargo e Luciano
Sufocado - Drowning (Backstreet Boys)
Eu te amo - And I love her (Beattles)
Gente! Pra quem gosta dos Beatles, dói demais ouvir "Eu te amo". Que pecado isso...




Kiko Zambianchi
Hey Jude - Hey Jude (Beatles)
Até que é bacana essa versão do Kiko. "Muita coisa vai fazer vc mudar, não tem mais razão de ser esta tristeza. Se alguém te faz sofrer, pra que lembrar, mais vale tentar viver de esperança, nanananananana..."

KLB
Um Anjo - Angels (Robin Williams)
obsessão - Obssession (Frankie J.)
Não Devo Mais Ficar - Have You Seen The Rain (Creedence)


Vergonha Alheia! Ignoraram completamente a letra e criaram uma versão romântica horrorosa.
"Comin' down on a sunny day"  virou "vou viver sem ninguém". :(

Gilberto Gil
Não Chores Mais - No Woman, No Cry (Bob Marley)
Ha, é bacana esta versão do Gil.

Latino
Festa no Apê - Dragostea Din Tei (O-Zone)
O que dizer...Funcionou até. Ficou mais famosa no Brasil que a versão original. Acho que muita gente nem sabe que o Latino inspirou-se livremente na música dos romenos da O-Zone, que é bem legal. Óbvio que a letra da original não fala nada de festa em apê ou coisa parecida.




Kelly Key
Barbie Girl - Barbie Girl (Aqua)
Indecisão - Sometimes (Britney Spears)
Essa música já é xaropinha. Não melhorou na voz da Kelly Key.



Bah! Já estava esquecendo de um clássico do mundo das versões. Eis, Love Bites, do Def Leppard.


Eis, a versão brasileira, Mordidas de Amor, de Yahoo.



Não condeno as releituras de músicas. As versões podem representar o quanto o músico admira ou se inspira em uma banda ao ponto de elaborar versões em português das canções. Parece ser o caso da Rita Lee cantando Beatles. Acho palha quando isso é feito pra alavancar a carreira, com fins somente comerciais ou mercadológicos, o típico "pegar carona" no sucesso de outras composições.

Vejam a francesa Vanessa Paradis, 15 aninhos, em 1988, cantando "Joe le taxi" com moletom rosa e grande.Comparem com a Angélica, dando pinta de super sensual em "Vou de táxi".




As versões assassinam as músicas originais? Em alguns casos, sim. É claro que uma música não deve ser encarada como produto cultural sagrado, intocável. Prova disso são os remix, mixagens, samplers e paródias. As músicas estão aí para serem ouvidas, tocadas, interpretadas, transformadas, enfim, apropriadas para os mais diversos fins. Os políticos se utilizam de canções bem conhecidas para fazerem seus jingles de campanha, por exemplo. E muitos funcionam bem na nova função.
O Guri de Uruguaiana se diverte colocando a letra de Canto Alegretense em tudo quando é hit internacional. E é engraçado!

Se a música é boa, por que não fazer uma versão em outra língua? Muitas pessoas acabam conhecendo somente a versão brasileira (como deve ter sido no caso da Angélica, por exemplo) e, a partir daí, encontram a original. E isso é bom. Talvez este acesso à canção original não ocorreria se não existisse a cópia, a releitura.

Mas que algumas versões machucam o ouvido, não há como negar...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sob o céu de rock (gaúcho)

Tenho certa implicância com a expressão "rock gaúcho". Acho meio bairrista e procuro as razões para o termo ser tão difundido já que não costumamos ouvir falar em "rock paulista, "rock carioca", "rock mato-grossense", "rock paranaense". Enfim. Por que diabos gostamos tanto de encher a boca pra falar do nosso rock gaúcho? A mesma coisa acontece com o que chamam de "cinema gaúcho"; outra idiotice que fica para outro post.

Acho tão engraçado quando uma banda diz assim "tocamos rock gaúcho", com a intenção de propagandear seu trabalho. E isso é colocado pelos roqueiros como um diferencial: "a gente toca rock gaúcho". Uau! É pra achar super legal? O que isso exatamente quer dizer heim.

E não adianta, é uma expressão completamente entranhada e incorporada entre os músicos e também nos meios de comunicação. Existe o rock gaúcho e o rock nacional. Sacou? Essa separação vista com frequência por aí é que me deixa intrigada.






Vejamos o que diz a Wikipedia sobre o vocábulo:

Rock gaúcho é a denominação dada a música, geralmente rock produzido no Rio Grande do Sul. Apesar de não ser um estilo uniforme, muitas bandas, principalmente as que iniciaram essa cena musical, possuem características semelhantes, como a influência nítida do rock inglês e rockabilly, podendo aparecer juntamente com a música nativista na composição da melodia.




Hum. Rock produzido no RS, ok. Bandas que possuem características semelhantes. A questão da influência pode ser uma explicação convincente. Navegando pela rede, dá pra perceber que realmente está disseminada a expressão. Tem até um site rockgaucho.com.br com lista de bandas e notícias e um programa de TV na NET de Porto Alegre, chamado Rock Gaúcho na TV.

O jornalista Marcelo de Franceschi me passou um link com um post do Duda Calvin sobre o assunto. No post, Duda diz o seguinte: "não existe o rock gaúcho como estilo musical, existe rock feito por gaúchos, não falamos uma língua diferente, falamos o português; rock brasileiro, não é um ritmo diferente, uma vertente de rock, mas só o rock feito em Português. Rock Gaúcho nem isto é, pois não é um estilo diferente de rock, como o Punk Rock, como o Metal, como o New Wave, não, e muito menos uma língua diferente pra se tocar rock".

Olha o que o Frank Jorge, músico da Graforréia Xilarmônica, falou em entrevista a um site.

'Eu acho que tem uma questão histórica que é boa de apontar, mesmo que possa não ser a única resposta pra a expressão “rock gaúcho”: o lançamento, em 1985, do disco Rock Grande do Sul. Veio depois daquele boom nacional, com Blitz, Paralamas do Sucesso… Daí a [gravadora] RCA veio conferir o Festival de Rock do Unificado aqui em Porto Alegre, no Gigantinho. Eles viram que tinha uma cena e resolveram contratar as cinco bandas da coletânea – Replicantes, Engenheiros do Hawaii, TNT, De Falla e Garotos da Rua – e uma sexta, o Nenhum de Nós. Tudo bem, existia rock gaúcho antes, com Liverpool, Bixo da Seda, Almôndegas, Saracura… Como em qualquer lugar do mundo, sempre teve rock no Rio Grande do Sul, nos anos 60, 70… Mas acho que foi a partir dessa data, o ano de 1985, com o Rock Grande do Sul, que teve início essa expressão, rock gaúcho. Mas era um rock que não tinha uma cara só, eram bandas autorais, muito diferentes uma da outra."


O Frank faz um contexto histórico que esclarece um pouco o assunto. Mas como ele mesmo diz, as bandas eram diferentes uma da outra; não dá pra uniformizar e encaixar tudo num estilo "rock gaúcho". E depois ele ainda comenta sobre bandas que são do RS, mas que não carregam este rótulo, como a Superguidis e a Cachorro Grande.

Se a gente colocar "rock gaúcho" no Youtube, vai aparecer um documentário dividido em cinco vídeos sobre o  assunto. Não assisti a todos, mas me pareceu um material bem interessante para quem quiser aprofundar a discussão.

As bandas de rock gaúcho


E associamos o rock gaúcho ao que? A bandas como TNT, Cascavelletes, Rosa Tattooada, Garotos da Rua, Graforréia Xilarmônica, bandas que se inspiraram no rock do Mundo; eles não inventaram um novo rock.
Estas bandas obrigatoriamente devem estar no playlist dos músicos que tocam "rock gaúcho". É incrível. Não associamos o termo a outras bandas, mais novas, do cenário gaúcho. São estas, dos anos 80 e 90, quase todas da capital, que vêm  a nossa mente .



É claro que dá para ampliar o leque do rock gaúcho incluindo Nei Van Soria, Tequila Baby, Nenhum de Nós, Engenheiros do Hawaii, Cidadão Quem, Acústicos e Valvulados, Bidê ou Balde etc.
Das antiguinhas, também tem a Taranatiriça (nome horrível né) cujo vocalista, Alemão Ronaldo, ainda agita por aí e não é necessário comentar. Ele também foi vocalista da Bandaliera (é campo minado, é campo minado!!).

Músicas que não poderiam faltar num Tributo ao rock gaúcho, na minha opinião.


Dos Cascavelettes eu citaria "Sob o céu de Blues", a  clássica das clássicas. "Dona da minha desgraça, a dança das minhas lágrimas". Acho bem melódica e poética. Tem ainda "Jessica Rose" e "Nega Bombom". Eu curto muito também Lobo da Estepe; Acho linda! Pena que é pouco tocada pelas bandas de rock gaúcho.
Linquei abaixo uma matéria do Jornal do Almoço, de 1990, com os Cascavelles, citados como autores de um rock safadinho, despudorado.




O Inferno vai ter que esperar (Rosa Tatooada). "Nem um tiro, nem uma gota de sangue. Sorriu e disse adeus". Adoro a dramaticidade dessa música, hahaha. É ultra romântica. Acho bem cinematográfica essa letra, mas não tem clipe oficial. Procurei e não encontrei na rede.
Abaixo, uma versão da canção pela banda santa-mariense BJACK, gravada em 2009, no Theatro Treze de Maio.


Jardim Inglês (Nei Van Sória)- Sigo sentado no jardim inglês. Fofa!
E não é que eu ia me esquecendo dos Garotos da Rua. Tem a ótima "Eu já sei" (é quando vc volta, pela mesma porta; já não sei como posso, fingir pra acreditar...), o hino do adolescente-revoltado "Tô de saco cheio" (lá em casa continuam os mesmos problemas...). Outro clássico é "Meu coração não suporta mais", dos Garotos da Rua. Adoro a voz do Bebeco Garcia.




Do TNT, Gata maluca -"Ô gata, procura outro homem, cara feia pra mim sempre foi fome".
"Ela era irmã do Dr Robert" - "Eu não me lembro do teu nome, eu não me lembro do teu fone, mas eu me lembro de ti". Tem também Ana Banana, bem conhecida. E esta aqui embaixo:



A última do meu playlist "rock gaúcho" é o hino, Amigo Punk, da Graforréia. Acho que dispensa comentários. A música mais pedida dos bares. Superpopular, porque é boa mesmo.

Eu gosto de todos estes clássicos. São músicas boas, sim. E produzidas por bandas do Rio Grande do Sul. Bandas de rock! Rock brasileiro! rsrs


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O comercial machista da Hope

Não me considero uma feminista, mas não suporto machismo e repudio atitudes e pensamentos machistas. Sou meio sexista, sim. Às vezes eu separo o pensamento de homens e mulheres e busco explicações de algumas atitudes, relacionando-as ao sexo da pessoa. Eu gosto de acreditar que existem diferenças entre o cérebro de homens e mulheres e talvez isso seja bem sexista.

A campanha da Hope, estrelada por Gisele Bunchen nem tinha me chamado muito a atenção. Confesso que quando vi o comercial, reparei primeiro no corpão da Gisele e depois me atinei para o texto. Realmente a abordagem é meio machista, a propaganda é totalmente desnecessária, mas não sei se concordo com a ação de tirar do ar o comercial.




Depois de denúncias de telespectadores, a Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) enviou ofício ao  Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) repudiando a campanha de lingerie da Hope, que enfatiza a sensualidade natural da mulher brasileira. Aliás, esta mulher brasileira da Hope é um público bem específico. Não é pra mim, por exemplo. Não tenho carro e nem marido pra estourar cartão de crédito. Muito menos tenho grana pra comprar lingerie da Hope. É um comercial pra dondoca rica, dona de casa, que dirige o carro do maridão e usa o cartão de crédito dele. Por favor!

Óbvio que isto é o de menos. Pra Hope, a mulher brasileira dirige mal, é consumista e se utiliza da sensualidade para dar más notícias. Engraçadinho né. Acho ridículo este estereótipo de mulher.

No blog, Escreva Lola Escreva, Lola escreveu um belo post sobre o assunto. "Sim, a campanha é discriminatória e presta um desserviço à mulher. Mas não concordo com o pedido de suspensão. A campanha da Hope é apenas uma num oceano de propagandas e programas machistas. O que é preciso é uma ampla campanha institucional contra o machismo",diz ela. Vale a pena acessar e ler todo o texto.

A Nathália Costa, da revista OViés, daqui de Santa Maria, também escreveu um texto. Entre outras questões, ela diz que a propaganda da Hope apenas reproduz um pensamento machista que está enraizado no País.

Por outro lado, Rodolfo Viana, do blog Papo de Homem, publicou um comentário afirmando que as feministas são umas chatas justamente por condenar campanhas como esta da Hope. Olha o que o Rodolfo fala da campanha:

"Se há algo que a campanha incita é: “Mulheres, façam os homens de babaca usando a sua feminilidade”. Um poder que, obviamente, só elas têm. Elas nos deixam de quatro num estalar de dedos. Elas conseguem nos fazer de bobos sem muitos esforços. Não é preciso lingerie – basta aquela vozinha meiga."


Hahaha. Tah né. Isso é realmente achar justificativas forçadas pra dizer que a campanha não tem nada de mais e que as feministas são chatas, lunáticas e paranóicas.

A Hope fez uma campanha idiota, nada criativa e apela para um estereótipo machista de mulher brasileira. Não representa, de forma alguma, a mulher brasileira ou a sua sensualidade. Ponto.




segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A Reitoria não será mais a mesma

Santa Maria ganhou destaque na mídia gaúcha durante toda a semana passada. Estudantes ocuparam a Reitoria da Universidade Federal de Santa Maria para fazer reivindicações. Garantia de três refeições para todos os estudantes no Restaurante Universitário, melhorias de infra-estrutura dos cursos novos, cumprimento de horário de trabalho dos professores, segurança e pavimentação de ruas da Casa do Estudante foram alguns dos motivos da Reitoria ter sido ocupada.
Pelo que se viu na imprensa, foi uma ocupação organizada e os estudantes estavam determinados. E ainda estão, porque o prédio continua ocupado. A ocupação está no 12º dia.
No terceiro dia de ocupação, a porta principal foi bloqueada pelos estudantes com o objetivo de pressionar a Reitoria ao diálogo. A ação acabou trazendo alguma antipatia ao movimento e deu justificativas ao Reitor que não cansou de repetir o mantra: "sempre estivemos abertos ao diálogo". Sei...
O discurso do Reitor na imprensa é sempre travestido de uma "serenidade" e "tranquilidade". Mas se vê ali uma pontinha de "ai, que saco estes estudantes revoltados..." (interpretação livre minha, talvez esteja viajando); Fato é que esta Reitoria é muito parada mesmo; tem razão os estudantes de protestar. Por outro lado, o discurso dos "representantes" do movimento poderia ser melhor né, mais coerente; é um discurso que não se comunica muito com outras pessoas que não sejam estudantes.

Protestos
E olha só como ações como essa contaminam. Na quinta-feira passada, estudantes de medicina da UFSM fizeram um protesto em frente ao HUSM, solicitando que os professores cumpram a carga horária. É até ironia né. Os alunos querendo aulas. Uma galera se manifestando...mta gente mesmo! Na matéria da RBS TV, a entrevista fria, vazia e incoerente da coordenadora do curso na televisão denunciou que realmente deve ter problemas.

Ocupação da Reitoria nas redes sociais
A gurizada que não é boba nem nada, criou o blog Reitoria da UFSM Ocupada, onde constam informações sobre o movimento. O post atual, inclusive, lista todas as reivindicações dos estudantes. Muito legal a iniciativa de criar o blog. Falta só atualizar mais, postar mais notícias, fotos...enfim, alimentar o blog.
Também foi criado um twitter, o @UFSMocupada. Este sim com mais atualizações, mas somente com 430 seguidores, por enquanto.

Cobertura
Além do blog da Ocupação, a Revista O Viés também está fazendo uma cobertura interessante; muitos integrantes da revista, inclusive, estão na ocupação e por isso, tem condições de dar um relato que é bem próximo aos acontecimentos.
O Diário de Santa Maria publicou semana passada uma matéria com o título "Uma Reitoria pra chamar de sua" onde relata aspectos da organização dos estudantes no local.
O jornalista Claudemir Pereira também está publicando alguma coisa no site.

Eu não concordo com todas as bandeiras dos estudantes; até porque tem discurso da Assufsm e Sedufsm misturado na fala de alguns estudantes, infelizmente; Acho este atrelamento bem complicado, apesar de existir, é claro, demandas semelhantes.

Espera-se que os estudantes consigam ser atendidos e que os serviços se normalizem na UFSM, apesar dos funcionários estarem em greve, mas esta greve dos técnicos é assunto para outro post.

Foto de Ivon Fernandes, publicada na Revista OViés


Agora, vai

Agora é pra valer!
Vou voltar a atualizar este blog. Ou troco de nome.
Justo neste ano, que resolvei me dedicar a trabalhar em rede, criar blogs, alimentar redes sociais, esqueço completamente o meu blog querido.
É um absurdo. Porque eu continuo escrevendo. Mas fica tudo espalhado por aí.
Agora tudo vai mudar. Vou escrever. Preciso escrever.
...
é isso

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Escritas da Clínica: a Psicanálise ao pé da letra

Olha que evento bacana da Prévôté Espaço Psicanalítico:

Escritas da Clínica: a Psicanálise ao pé da letra.
O evento começa nesta sexta, dia 26; No Hotel Morotin, no centro.

Abaixo, o texto de divulgação e a programação.

Desde Freud temos que a psicanálise é um campo e uma práxis constituída na e pela fala. Freud, ao escutar em seus pacientes os sintomas, os sonhos, as fantasias e seus delírios, desvelou a íntima relação entre a estrutura da psiquee a estrutura da linguagem. A partir de então, temos que o inconsciente é estruturado como uma linguagem, mas uma linguagem ao meio à qual apareceu sua Escrita. A escrita e o escrito foram temas da investigação freudiana, do “Projeto” (1895) até o “Bloco mágico” (1925), aparecendo na forma de conceitos como: traço psíquico, inscrição, tradução, transcrição, deciframento, rébus do sonho, impressão, entre outros.

Jacques Lacan, ao retomar os fundamentos freudianos não deixou de ler na obra de Freud esse interesse pela função e lugar da escrita/letra no inconsciente. Buscou, inicialmente, definir a instância da Letra em sua lógica do significante, como podemos ver já na abertura de seus Escritos (1966).

Ao se aproximar do fim de seu ensino, Lacan define a Letra como limite/litoral ao simbólico, o que não deixou de fazer limite a escuta/interpretação da clínica psicanalítica. Lacan parece nos convocar a fazer uma espécie de leitura clínica, uma leitura do inconsciente, tal como podemos ver em Mais Ainda (1972/73): “É evidente que, no dizer analítico, só se trata disto, do que se lê, para além do que vocês incitam o sujeito a dizer…”. Do que se lê… no que se diz, é a fórmula aparentemente enigmática com a qual a psicanálise busca enfrentar as dificuldades que a clínica nos apresenta cotidianamente.

Qual a função da escrita? Que papel desempenha a escrita na transmissão da psicanálise? “Escritas da Clínica: a Psicanálise ao pé da letra” pretende justamente propor um espaço para produção e debate em torno dessas e outras interrogações.


PROGRAMAÇÃO

26/08 - sexta-feira-noite

18h-Abertura

18h30- Mesa 1: Traços, fantasias e litoralidades

“Traços, vestígios e travessia: escritos de guerra”

Luís Henrique Pereira, Psicólogo, Especialistaem Clínica Infantil(UNIFRA), Mestre em Educação (UFSM), Integrante da Prévôté

“Ficção e História: as possibilidades dos vazios do texto”.

Vera Prola Farias, Doutora em Estudos Literários, Professora (UNIFRA)

“Entre escritas”

Vanessa Solis Pereira, Psicóloga, Mestre em Educação (UFSM), Integrante da Prévôté

20h30min- Conferência

“A instância da letra no inconsciente e a direção da cura na clínica psicanalítica”Norton Cezar Dal Follo da Rosa Júnior, Psicanalista, Membro da APPOA e Membro da Associação Clínica Freudiana

27/08- Sábado- manhã

9h- Mesa 2:Transmissão da psicanálise; Letra à Letra

"O bê-á-bá da escrita: questões de ordem da desfiguração"

Luis Fernando Lofrano de Oliveira, Psicanalista, Membro da APPOA e Membro da Associação Espaço Psicanalitico

"Lacan com Meng Tsu: a presença da escrita na fala"
Gustavo Muller, Psicólogo, Mestre em Linguística (UFSM), integrante da Prévôté


10h45- mesa 3: Escrito e a fala: Leituras de transferência

“Como se escreve um sujeito?”

Luciane Chiapinotto, Psicóloga do Serviço de Acolhimento Institucional de Gravataí – RS e integrante da Prévôté

"O que faz, afinal, um analista dos limites da interpretação?"

Volnei Antonio Dassoler, Psicanalista, Integrante do CAPS ad Caminhos do Sol-Santa Maria, Mestre em Psicologia, Membro da APPOA

“Escrita de um caso: conjugações”

Márcia Alves Züge, Psicóloga, Mestreem Psicologia Sociale Institucional da UFRGS, Integrante Prévôté


27/08 - Sábado- tarde

14h30min - Mesa 4: Estilo, corte e rasuras no ofício do analista

"Do infantil da dor a dor do corpo da escrita"

Marcos Pippi de Medeiros, Psicanalista, Mestreem Psicologia Clínica(PUC-SP), Professor do Curso de Psicologia (UNIFRA), Membro APPOA, Integrante Prévôté

“Gota d’água: feminino e litoral”

Luciana Portella Kohlrausch, Psicóloga, Mestre em Lingüística (UFSM), Especialistaem Atendimento Clínico(UFRGS), Integrante da Prévôté

“O Estranho em E.T.A. Hoffmann”

Sílvia Raimundi Ferreira, Psicanalista, Mestreem Psicologia Sociale Institucional (UFRGS), Membro da APPOA

Coffe break

17h- Conferência

“De onde vêm essas palavras que me saem pela boca?”

Edson Luiz André de Sousa, psicanalista, analista membro da APPOA, Professor do PPG Psicologia Social e PPG Artes Visuais UFRGS. Doutor em Psicanálise e Psicopatologia pela Universidade de Paris VII.

Pós-Doutorado na EHESS, Paris e Universidade de Paris VII. Professor visitante na Deakin University (Melbourne) e Instituto de Estudos Criticos (Mexico ). Pesquisador do CNPQ. Coordena junto com Maria Cristina Poli o LAPPAP – UFRGS ( Laboratório de Pesquisa em Psicanálise, Arte e Política). Membro da Society of Utopian Studies. Autor entre outros dos livros “Uma invenção da Utopia” (Lumme editora, SP), Freud: ciência, arte e política, escrito em parceria com Paulo Endo (LPM, Porto Alegre)

Inscrições e informações:

- Valores:

Antecipados até o dia 08 de agosto: Estudantes 60,00 / Profissionais 80,00

Após ou no Local: Estudantes 70,00 / Profissionais 90,00

- Inscrições na Prévôté Espaço Psicanalítico pela parte da tarde.

- Inscrições mediante depósito bancário:

conta:
Banco do Brasil
conta: 7096-3
agência: 4675-2

Rafael Frigo Flores

*** Mandar comprovante por email (prevote_ep@yahoo.com.br) para efetivar a inscrição.

- Mais informações pelo telefone – 30261145, pelo blog –http://prevote.wordpress.com/ ou pelo email prevote_ep@yahoo.com.br

- Durante o Seminário haverá exposição de desenhos de Luciana Portella Kohlrausch e exposição de fotografias de Marcos Pippi de Medeiros.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Isso é teatro!

Começa hoje o 4º Festival de Teatro Independente de Santa Maria, o Fetism. Escrevi os textos de divulgação do Fetism para o blog do Macondo Coletivo e não fui capaz de divulgar nada por aqui até agora.

Acompanho o Fetism mais ou menos desde a primeira edição, em 2008. Teatro de qualidade a preços acessíveis. Peças ótimas seguidas de discussões entre jurados e plateia. Além de apreciar os espetáculos, que acontecem neste ano no TUI, na praça e em três bairros da cidade, aprende-se muito sobre teatro.

O Fetism 2011 foi organizado pelo Palco Fora do Eixo e Macondo Coletivo. Toda identidade visual incluindo blog foi feita pelo artista Elias Maroso.

Olha aí a programação do evento e visita o blog do Fetism:







O Núcleo de Comunicação do Macondo Coletivo vai fazer a cobertura do Festival. Acompanhem pelo blog. E bom Festival!

sábado, 9 de julho de 2011

#BicicletadaSM

Sempre fui meio mongona para andar de bicicleta. Quando pequena, gostava da segurança das rodinhas. Tinha medo de cair; eu tinha medo de várias coisas. Meio travadinha, sabe. Só subia na árvores depois que todos subiam, só subia o morro depois que via os outros indo primeiro...etc. Tipo maria vai com as outras. Eu era delicada, hahaha.
Então...acho que aprendi mesmo a andar de bike na adolescência. Achava as bicicletas altas demais, e saía andando tremelicando. Tirar as mãos do guidão, nem pensar. Era demais para mim. Patético.

Uma das coisas legais que a gente fazia em Restinga Seca era andar de bike na estrada de chão (sim, porque não tinha asfalto na estrada em frente a nossa casa). Íamos até um local chamado Espigão, um mega ladeirão, todo empedrado. Subíamos até o topo com as bikes e descíamos o espigão. Uhuuuuu!! Detalhe que eu, tri idiota, na primeira vez, desci junto com a Lúcia - uma em cada bike-, só que eu não freei durante a descida. Bom...só lembro da Lúcia me olhando disparando na frente dela, tri apavorada. Claro que eu ganhei o racha né. Na loucura, mas ganhei. E eu com as mãos grudadas no guidão e a adrenalina a mil pelo Brasil. Se eu caísse...iria me machucar bastante. Sabe quando tu não se liga que pode usar o freio? Tá loco...

Eu me lembrei disso porque vi no Twitter que no dia 14 de agosto, um domingo, ocorre a #BicicletadaSM, com saída às 15h da Biblioteca Pública Municipal.
Seria tão bom se houvesse na cidade mais estrutura para circulação de bicicletas e menos carros. Não adianta culpar as pessoas por comprarem carros se não há ciclovias, não há trens, não há transporte coletivo eficiente.
Eu adoraria me deslocar de bike na cidade, mas tenho medo de fazer isso em Santa Maria. O trânsito daqui anda tão caótico, tão intolerante, tão desorganizado, que não tem como as pessoas simplesmente trocarem o meio de transporte pela bicicleta.

Então, eventos como esse são interessantes para trazer à tona essa discussão. Ainda mais depois do episódio do maluco atropelador em Porto Alegre.

O cartaz é de Elias Maroso. Ficou bem legal!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Filme seu filho e tenha milhões de acessos

Domingo me prestei para olhar um programa da Eliana, no SBT, onde ela entrevista os famosos da internet. Os cidadãos comuns que colocam vídeos na rede e têm milhões de acessos, transformando-se em celebridades da rede. Entre estes famosos, SEMPRE tem algum vídeo com crianças. Bebezinhos e sua espontaneidade, filmados pelos pais em situações engraçadas ou dramáticas. Talvez o sucesso destes vídeos se dê justamente pelo aspecto espontâneo, real, pois as crianças parecem não se importar em estarem sendo filmadas ou não; não se deram conta ainda desses mecanismos e agem naturalmente; o que nos dá a sensação de estarmos realmente testemunhando aquele momento.
Mas é claro que isso não explica tantos acessos, tanto sucesso destes vídeos. Não tenho por hábito acompanhar muito estes virais; alguns eu só conheço depois que todo mundo já viu.

Vamos a alguns deles.
A Alice me mostrou o "Mataram a formiguinha. que dó". Dois gêmeos. Um deles mata uma formiga e o outro entra em desespero e começa a gritar "que dó, que dó", hahaha. é engraçado.



No programa da Eliana, passou um muito impressionante também. O menino Matheus entra em desespero depois de matar um passarinho sem querer. É muito teatral!! Quem gravou e colocou na rede foi a irmã. O vídeo teve 13 MILHÕES de acessos. É engraçado também, mas é assustador ver a perturbação do piá. Inclusive nos comentários tem uma pessoa xingando a irmã por ter filmado ao invés de confortar a criança.




Mas o que dizer de um pai que filma o filho indo ao banheiro, sobe o vídeo no youtube e tem seis milhões de acessos?



Um dos mais famosos é o "Charlie bit me". São nenéns muito fofinhos mesmo. Desconfio que foram meio ensinadinhos, pois este é o segundo vídeo de Charlie e o irmão. Mesmo assim, é muito engraçado ver as carinhas deles!




O bebê do reggae é um dos mais legais. O pestinha que se acalma ao escutar Bob Marley.





Por último, o bebê que dança Beyoncé. Esse é muito engraçado porque dá pra ver o bebezinho tentando imitar as dançarinas. Super empolgadinha a cria!




São tantos os vídeos que não tem como citar todos. O David after dentist também é muito engraçado, a menina que pede pra fechar a porta e larga um "tranquilo?", o bebê que rebola ao ouvir aché. Enfim ,são diversos os vídeos de crianças, com milhões de acessos.

Além de se tornarem celebridades na rede, as crianças são chamadas para programa de televisão, entrevistadas e seus vídeos são parodiados e transformados em versões funk. As falas das crianças viram hashtags no twitter e se popularizam nas conversas do cotidiano.
"Is this real life?", pergunta o David anestesiado.
Sim, é a vida midiatizada, completamente, ou o "ethos midiatizado" conforme Muniz Sodré. Somos mídia, tudo é mídia, tudo pode ser gravado, publicado na rede e transformado.

Como as coisas são vistas e avaliadas sob vários olhares e os comentários dos vídeos do youtube mostram muito bem isso, os pais destas crianças também são alvos de fortes críticas, pois expõem seus filhos na internet diante de milhões de internautas. São crianças. Em meio a tantos fakes e máscaras da Internet, essa espontaneidade e inocência que as crianças trazem aos vídeos são atrativos interessantes.

Eu observo e me diverto vendo. E tento entender este mundo louco em que paramos na frente do computador para assistir aos lances da vida privada dos outros.


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Atualizando...


Depois de um mês sem atualizar o blog, o que dizer? Que desculpas dar aos leitores (havia alguns, que devem ter debandado, e com razão):

-que o Twitter, admito, fez eu diminuir as postagens no blog;
-que eu passei a atualizar outros blogs ao invés do meu;
-que eu fico fazendo mil coisinhas na internet: atualizando outros blogs, mandando emails, fazendo agenda, divulgando...MENOS escrever no blog;
-que talvez não me sinta mais muito motivada a escrever ou que eu tenha mil ideias e aí acabo não escrevendo nada;
-que o layout do meu blog está tão horrível que acabei largando mesmo;
-que alguns trolls criticando minha redação no blog me afetaram;
-que a redação da dissertação acabou me afastando daqui;
-que eu ando cansada, principalmente nos finais de semana;
-que final de maio e início de junho foram dias agitados em que fui a congressos e participei de aulas na Facos/UFSM
-que eu estou abdicando de escrever comentários rasos; então, prefiro nem escrever


Não vou dar a clássica desculpa de tempo porque é ridículo.
Enfim, prometo, novamente, escrever mais aqui, nem que seja pra mim mesma.

(essa fotinho introspectiva, que eu gosto, foi feita pelo fotógrafo Eduardo Barreto)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Tempestades e memórias infantis

Ontem choveu. Ao ouvir trovões e relâmpagos, iluminaram-se lembranças infantis; do tempo em que eu e meus irmãos, em dias de tempestade, deitávamos em frente à janela - com a veneziana aberta- para assistir ao espetáculo que uma noite assim nos proporcionava. Pequenos prazeres. Quase um cinema. Medo, risos, contemplação. Que diversão simples era essa de ver luzes refletidas nos coqueiros. O quarto completamente escuro que iluminava de repente. A casa de madeira que tremia a cada trovoada.
Que paz em dormir, protegidos, ouvindo a chuva no telhado e o vento.
Que excitação infantil pode causar uma simples tempestade. Só voltando a ser criança pra sentir tudo de novo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ajude o Quando Fecho os Olhos

O espetáculo de artes integradas ‘Quando Fecho os Olhos’ está na programação da etapa paulista do Festival Fora do Eixo 2011, que acontece de 23 a 25 de junho. A produção, que envolve os núcleos de teatro, literatura, música, artes visuais e audiovisual do Macondo Coletivo, estreou no ano passado em uma apresentação no Theatro Treze de Maio (LINK) com casa lotada e promete mais duas apresentações em Santa Maria. Uma delas, já confirmada, é durante o 4º Festival de Teatro Independente de Santa Maria (Fetism) (link 2010), que acontece em agosto e a outra, ainda sem data definida, acontecerá no Macondo Lugar antes da viagem à capital paulista. O fato de a produção ser independente implica em pouca verba para a viagem a São Paulo. Por isso, o grupo está promovendo ações de captação de recursos. Até o final do mês de maio será promovido um almoço – provavelmente uma feijoada – e, desde o dia 15, o projeto está inscrito no site de financiamento colaborativo Catarse. As doações variam de R$ 15,00 a R$ 200,00 e quem ajudar recebe prêmios dependendo do valor doado.

Para entender melhor como funciona o projeto no Catarse: você acessa o catarse.me e clica no projeto “Quando Fecho os Olhos no Festival Fora do Eixo em SP”. Na página do projeto, existe um vídeo e um texto que explicam o espetáculo, falam sobre a importância artística do projeto e da necessidade de capatação do recurso para a viagem. O sistema de doação é simples e seguro. O maior porém desta ação é que se o valor pedido não for alcançado, o projeto não passa e o dinheiro doado retorna para quem fez a doação.


Contamos com a colaboração de todos para pegarmos a estrada e mostrar a produção artística santa-mariense na terra da garoa!

Vejam vídeo no youtube: http://youtu.be/8saQuEHZDR8

Texto: Kareka Ricordi


Ano passado escrevi aqui no blog sobre essa peça.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Blogs e diários

Os blogs nasceram como páginas pessoais utilizadas para se indicar links de outras páginas e, também, como diários pessoais. Neste caso, diários virtuais, publicados na rede. E aí se estabelece a diferença entre um diário que escrevemos para guardamos para nós mesmos, sem permitir que ninguém leia, e um diário escrito para ser exposto aos leitores da rede.

Foi para falar um pouco sobre esta prática de escrita que se assemelha a um diário, que estive, na terça-feira passada, em uma aula do curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria. O convite partiu do professor Guilherme Correa e da professora Deisi Sangoi Freitas. Eles ministram a disciplina Diários na e da pesquisa, seus usos e frutos, em que os alunos estudam e discutem as práticas de diários pessoais. Muito interessante pesquisar a questão da escrita íntima. Apesar de não estudar exatamente os blogs nesta perspectiva, fui lá para contar da experiência de escrever em um blog, hábito entre milhares de pessoas hoje.

Há um livro interessante sobre blogs e escrita íntima, que é de autoria de Denise Schittine: "Blog: comunicação e escrita íntima na internet". Denise pesquisa a questão do público e privado, da escrita do segredo e do blog como relato jornalítico:
"O fato de ser um diário íntimo escrito dentro de um meio de comunicação (a internet) e voltado para um público transformou uma questão que, a princípio, seria literária numa questão relativa, também, à disciplina da comunicação. O escrito íntimo vai ser veiculado através da rede por um autor e terá um grupo de leitores que contribui ou opina diretamente no texto" (2004, p.13)

Alguns dos pontos levantados na discussão foram a fronteira entre privado e público, que hoje é difícil de ser demarcada, e a interação com os leitores. O pessoal quis saber minhas motivações pra escrever e como me relaciono com meus leitores. Esta relação, muitas vezes, é tensa, sim; em outras vezes é prazerosa e rica.

Eu nunca tive um diário de confidências, onde colocava meu segredinhos sem mostrar para ninguém. Eu anotava coisas na agenda, aquelas agendas megarecheadas que a gente coloca até papel de chocolate, flores secas, clipes coloridos e outras quinquilharias...Eram registros meio desorganizados, sem muito texto, mas com muitas marcações e mil significados. Também gostava de responder aqueles famosos questionários que circulavam entre as garotas. Era legal.

Sempre gostei mais de ler do que de escrever, eu acho. Mas hoje eu escrevo mais do que leio. Meu blog surgiu de uma disposição jornalística, de fazer relatos. Vem de uma prática de escrever releases, redigir notícias, contar sobre eventos que participo, que assisto, coisas que eu vejo na rua, que eu presencio, que eu escuto por aí; vem de um prazer em expor meus palpite e comentários sobre filmes, livros, programas de televisão, experiências pessoais. Aqui tenho liberdade de escrever o que eu quero e isso me traz satisfação.

Sim, quando eu conto o que fiz, onde eu fui, o que gostei e desgostei, estou exercitando uma escrita de diário. Mas tudo é publicado aqui; pouca coisa fica em segredo. É escrita íntima? sim. Mas também é comunicação pois que é exposta na rede, está aos olhos de todos.

No começo, eu escrevia no blog mais pra mim. Mas depois que os leitores começaram a interagir, eu cuido mais do que escrevo. Sei que há internautas que acessam o blog e isso me afeta e me influencia muito, talvez até me policie, talvez até me impeça de aqui ser plenamente livre. É claro que eu prefiro que as pessoas leiam meus textos e comentem; gosto quando há comentários, mesmo quando eles são de pessoas anônimas; e mesmo que os anônimos sejam hostis.
Eu quero esta interação.

Haveria muitas outras coisas a dizer sobre blogs e escrita íntima, mas para este texto não ficar muito longo, vou parando por aqui.

domingo, 1 de maio de 2011

A cidade respira cultura. Será??


Santa Maria bem cultural neste final de semana. Enquanto uns usufruíam da Programação da Feira do Livro, que começou no chuvoso sábado pela manhã, outros participavam das discussões da Conferência Estadual de Cultura que reuniu pessoas de vários municípios do Estado, interessadas em acompanhar os planos da política cultural para o Estado e também para o País. Na abertura do evento, o auditório do Colégio Marista Santa Maria ficou praticamente lotado, reunindo cerca de 300 pessoas. Autoridades da cultura presentes e, claro, políticos, que no sábado não foram mais vistos no evento. Espera-se que tenham deixado assessores, mas nada garantido também.
A abertura foi chata, como sempre são as aberturas deste tipo de evento. Todos os representantes de instituições falam. Representante da Assembléia, da Câmara, do governo do Estado, da Prefeitura. Blá, blá, blá.

Babadinhos do primeiro dia:
-Um pequeníssimo número de estudantes universitários resolveu ir à abertura da Conferência para protestar contra Schirmer em razão de um possível aumento da tarifa de transporte coletivo. "2,30 dificulta o acesso à cultura", gritaram os estudantes quando Schirmer foi chamado a tomar a palavra. Schirmer ignorou num primeiro momento e depois acabou dizendo que em tal lugar a passagem era mais barata que em SM; enfim, não entendi porque ele fez isso. Ficou meio confuso. OK, quer protestar, protesta, mas os estudantes poderiam ter chamado mais gente não é mesmo.
-Pronunciamento da primeira-dama do Estado, Sandra Genro, foi desnecessário. Aliás, desde quando primeira-dama representa governador neste tipo de evento. Estranhei. Ainda mais porque depois transmitiram uma mensagem (não muito feliz, diga-se de passagem) do governador pelo telão. Enfim, Sandra falou mais da vida pessoal, relembrou dos amigos da cidade, de como conheceu o atual marido, dos bailes de debutantes, blá, blá, blá..

No segundo dia de Conferência, reclamação geral do tempo curta para reunião dos grupos temáticos e para os relatos na plenária. O público criticou muito, e com razão, a dinâmica do evento que priorizou as palestras e explanações de autoridades, deixando pouco espaço para os espaços efetivos de troca, de diálogo com a plenária.


Pontos positivos da Conferência.
-Apresentações artísticas. Street Dance, (foto de Biba Campos) Projeto Cuíca, La traviatta, Cia Sorriso com Arte, capoeira dos meninos da FASE de Passo Fundo, Rogério Lobato. Muitas atrações, enfim.
-Presença de agentes culturais de vários municípios de Santa Maria.
- transmissão da TV ovo por streaming e boas entrevistas.
-participação de coletivos e associações culturais da cidade


Pontos negativos
-organização: atrasos das mesas, diálogos com a plenária não realizados, etc.
-pouquíssimo tempo para as discussões dos grupos e para os relatos na plenária final;
-sem wi-fi: impossibilidade de usar a rede no local do evento sem internet 3G
- telão subutilizado: nao serviu pra nada.

O Macondo Coletivo fez uma cobertura da Conferência. Está tudo no blog.


terça-feira, 26 de abril de 2011

Conferência de Cultura - mobilizações

Está todo mundo ligado que nesta sexta e sábado tem a Conferência Estadual de Cultura em Santa Maria. A cidade está se mobilizando pra participar do evento que vai discutir as políticas públicas do Estado para a cultura.

Então, ontem, algumas pessoas ligadas à cultura se reuniram no Boteco do Rosário para discutir a participação na Conferência. Uma nova reunião ocorre nesta quinta-feira, às 18h. Abaixo, segue a ata da reunião de ontem.


Com a finalidade de integrar artistas, produtores e conselheiros culturais de Santa Maria, aproveitando o mote da Conferência Estadual de Cultura, segue ata de um reunião realizada com diferentes organizações da cidade, seguido de uma nova proposta de encontro aberto! Confira!

Ata de Conversações sobre Conferência Estadual de Cultura (a ser realizada dias 29 e 30/04 em Santa Maria)

Local:

Boteco do Rosário, dia 25 de Abril de 2011, 20 horas

Presentes:

Art Publica (Juliano Siqueira, Pablo Fronza, André Marcos)

Thiago Costa da Silva, articulador cultural independente

Sala Dobradiça (Elias Maroso, Desirée Tibola, Alessandra Giovanella)

Palco Fora do Eixo (Luise Scherer)

Núcleo Visceral de Imagens Técnicas/Macondo Cineclube (Carolina Berger, Marcelo Cabala)

Macondo Coletivo (Lúcia Dalmaso)


Rede Universidade Nômade (Leonardo Palma)

Considerações gerais sobre o encontro:

Este encontro foi realizado mediante um convite aberto, disseminado/divulgado via web, tendo como objetivo tratar questões gerais delimitadas na programação da Conferência Estadual de Cultura. A partir de assuntos apontados e discutidos, surge a necessidade de mobilizar novos encontros junto a demais produtores culturais e ao Conselho Municipal de Cultura, tanto para tratar da conferencia em questão como também gerar, posteriormente, maior integração entre agentes culturais.

Principais Assuntos:

1) Primeiramente, houve contextualização/debate sobre a atual gestão do MinC e a marcante mudança da implementação de suas politicas culturais. Houve relato de alguns agentes culturais sobre as dificuldades no repasse de verbas dos editais e concursos já lançados e ainda não cumpridos. Além do interesse em discutir questões referentes às iniciativas federais, propôs-se também o debate sobre assuntos relacionados a iniciativas municiais e estaduais, visto que a conferência está prestes a ser realizada no município.

2) Composição de estratégias para a participação do evento, iniciada por leitura da programação da Conferência Estadual de Cultura, surgindo, no entanto, as seguintes questões:

a) Estrutura e organização do encontro, visto que a disponibilização pública da programação não aclara a dinâmica e os integrantes das mesas, debates e falas;

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO AQUI -> http://marcelocabala.blogspot.com/2011/04/encontros-previos-conferencia-de.html

b) Grau de articulação das organizações culturais de Santa Maria para o evento.

c) A existência de participação/contribuição do Conselho Municipal de Cultura para a conferência, sendo este um grupo de representantes da produção cultural da cidade.

A partir de tais indagações, propõe-se por meio deste relato um movimento de integração diversificada, sendo convidados os próprios agentes/produtores culturais santamarienses como também os conselheiros municiais da cultura, afim de enriquecer a participação no referido evento. Tal ideia vem ao encontro de um anseio - a curto e médio prazo – para concretizar debates, parcerias e interlocuções entre os diferentes focos da cultura em Santa Maria.

Desta maneira, este documento será amplamente disseminado com a finalidade de marcamos outro encontro pré-conferência.

Sugestão inicial de data, horário e local:

28/04, das 18h às 20h no Boteco do Rosário (Rua do Rosário, 400. Fone: 3025-3043)

Sintam-se todos convidados e sigamos construindo nossa rede! Proliferar encontros e espaços de encontro: a melhor resistência cultural é a criação, afirmar a arte do encontro e a existência criativa.


Programação Conferência Cultura para o Rio Grande Crescer