quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Dopa a gurizada...

Muito estranha essa matéria do Diário de hoje, da página 9: "Para deixar a gurizada mais calma". Alunos indisciplinados de escolas municipais estão fazendo terapia para não serem mais indisciplinados. Só os alunos...Os professores não precisam, hehe.
Não sabia que a Secretaria Municipal da Educação tinha uma supervisora de fluxo de evasão e disciplina escolar. Nossa!!! carguinho complicado esse...
A matéria generaliza tudo ao falar de "problemas" como agressividade, hiperatividade e ansiedade dos alunos. Como se fosse muito simples diagnosticar hiperatividade. Não se pode ver uma criança mais agitada que as outras que vão logo dizendo que a pobrezinha é hiperativa. Hoje as crianças são mais estimuladas, tem um ritmo diferente, mas não quer dizer que sejam hiperativas. Acho eu.
Muitas vezes, o aluno que é mais falante, mais brincalhão, que tem mais energia, é tachado de hiperativo. Tem também aquele aluno que não leva desaforo pra casa, responde para a professora ou para os colegas, é mais atrevidinho que os demais, ou mais questionador: esse é o agressivo!!! Rebelde!!!! Indisciplinado!!! Deve ser tratado...Dopa!!! Tem que ficar todo mundo quietinho em sala de aula, ora essa!!
Indisciplina agora virou alvo de tratamento médico?? Meu Deus!

Momento existencial

E eu achando que estava tudo tranquilo e sereno...Nada está...Acho que nunca esteve...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Correria

Quarta-feira de muitas tarefas e coisas pra fazer: coletar sangue no Labimed bem cedinho, assistir às aulas de teoria do jornalismo de manhã, lavar roupas ao meio dia, aula de italiano à tarde, acertar detalhes de artigo para a Jornada Acadêmica Integrada (JAI) à noite, e conferir documentário sobre o Macondo, no Macondo às 22h. Ufa!!!
Aliás o documentário está em http://docmacondo.wordpress.com/

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Indiada é apelido


Foi surreal!! Trágico. Cômico. Irritante. Engraçado. Patético. E também até que foi divertido ver 21 jogadores profissionais, de dois times superimportantes do campeonato brasileiro, chutarem mais água do que a bola no Beira Rio, no domingo à tarde.
E eu - não tem explicação- estava lá para ver o belo show das águas dançantes. E não estava somente eu. Ahá. Dez mil torcedores foram lá pra ver o "espetáculo" abaixo de chuva. E choveu!! Meu São Pedro!! Choveu demais...
Nós estávamos com uma comitiva familiar. Eu, meu irmão Pita, minha cunhada Laura e o pai dela, minha tia querida, Miriam, meus tios Hairton e Marinês, meus primos Leonardo e Laura, e meus pais que pisavam no Beira Rio pela primeira vez. Que azar!!!Muito azar!! Simplesmente não teve jogo. A torcida, sempre muito animada, estava muito borocochô!! Também...ficar feliz de que jeito assistindo àquele jogo varzeano? Não tinha como...
Mas valeu. Tudo é festa!!! Adorei ir no Beira com parte da família. Foi muito legal!!!! Adoro programas diferentes no domingo...nem que seja ir tomar chuva em Porto Alegre. Como diz uma das músicas da torcida: "Eu...nunca me esquecerei...dos dia que passei...contigo, Inter...".

sábado, 26 de setembro de 2009

Domingo no Beira

Uhuuuuu!!!! Amanhã, domingão, estarei em Porto Alegre para conferir Internacional X Flamengo. Na verdade, ando muito de cara com o Inter e só estou indo porque metade da família Copetti vai e eu não poderia, em hipótese alguma, perder esta confraternização familiar no Beira Rio. Meu irmão, meus pais, tios e primos estarão lá, junto comigo, torcendo para o Inter (que não anda grande coisa). Mas...tudo bem...vamos lá tomar uma chuva na cara. Tudo é festa!!!
Como sei que tenho muitos parentes que lêem este blog de humor duvidoso, na segunda-feira vou postar um breve relato e uma fotinho, se possível, sobre o jogo.
Prometo não travar a mandíbula e nem ter um AVC, hahaha.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Supostamente

Eu adoro observar como os jornalistas usam a expressão "supostamente" nas matérias. Quando se tem receio de afirmar algo, principalmente fatos envolve ndo uma denúncia ou processo judicial, se usa "supostamente". No Diário de hoje, a reportagem sobre a denúncia envolvendo o vereador João Carlos Maciel diz assim: "A investigação é baseada em uma gravação enviada ao MP; entre Maciel e assessores, em que o vereador supostamente cobra a colaboração de assessores". Mesmo que na gravação conste que o vereador estava cobrando mesmo, se achou prudente usar o advérbio, já que a história toda está sendo investigada ainda. No entanto, há casos em que os jornalistas usam de maneira duvidosa o "supostamente". Neste ano o Diário publicou uma matéria sobre Silveira Martins e lembrou que o prefeito e o vice de lá, que ganharam as eleições em 2004, não assumiram porque foram condenados por "suposta" compra de votos. Quando a matéria foi feita, os dois já haviam sido condenados em todas as instâncias. Então por que usar o "suposta"? Foi comprovada a compra de votos, então, ao meu ver, não é suposta.
Muitas vezes, no jornalismo, usamos as palavras sem nos darmos conta do seu significado. Isso é muito comum. É fácil ser traído pelas palavras. Para não se comprometer ou pelo medo de afirmas as coisas categoricamente, se coloca o "supostamente" e pronto!!! Estamos livres! hahaha.
Quando a gente não vê, tudo pode ser suposto. Será? Supostamente sim. Supostamente não.
Supostamente hoje eu não sabia sobre o que escrever no blog e escrevi esse texto que supostamente não ficou muito bom. Estou com uma suposta preguiça hoje.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Seminário

Blogs, twitter, orkut, enfim, redes sociais, jornalismo, business...Tudo isso foi discutido no 3º Seminário Blogs: redes socias e comunicação digital que ocorreu nessa segunda e terça-feira, dias 21 e 22, na Feevale, em Novo Hamburgo.
Eu fui lá apresentar um trabalho sobre blogs que eu fiz no ano passado como conclusão da Especialização em Comunicação pela Unifra.
No primeiro dia, assisti às palestras. O professor Rogério Christofoletti (UFSC) falou sobre a tensão que existe hoje entre os meios tradicionais de comunicação, as novas mídias e as redes sociais. Como o jornalismo vai se reinventar em meio às redes sociais e ao protagonismo do público na criação de mídias? Pois é...Christofoletti fez uma comparação meio inusitada entre os dinossauros e os jornalistas. Os dinossauros foram extintos e os jornalistas também podem ser?? Não sei...talvez sim, talvez não. Enfim, para o professor, o jornalismo está buscando meios de sobreviver no meio desse turbilhão.
A professora Ana Brambilla (PUC-RS) fez uma exposição sobre a relação entre as mídias tradicionais, como revistas, e as redes sociais, como o Orkut. Brambilla chamou a atenção para o fato de que as redes sociais são muitas vezes subestimadas por meios de comunicação e empresas.
Até que gostei dessas duas palestras porque o as seguintes foram só business em redes sociais. Edney Souza, o Interney, falou da empresa dele, a Pólvora, que cria blogs para outras empresas aumentarem seus lucros; André Pecini, do Google, falou sobre o Google e todas as suas ferramentas; Diogo Carvalho falou pelo blog Destemperados, um blog onde ele fala dos restaurantes que visita, da decoração, da comida. Foi uma palestra muito estranha; não consegui captar muito bem e fiquei me perguntando porque escolheram ele ou esse blog para entrar na programação do evento. Mas, enfim...
Na terça-feira, foram realizados os Grupos de Trabalho. Eu apresentei meu artigo no GT de Redes Sociais. Gostei de assistir às apresentações dos outros colegas. Muita gente estudando twitter, blogs, orkut. Uma pena que perdi as apresentações dos outros GTs. Todo mundo no meu GT, menos eu, tinha um laptop para ficar tuitando em tempo real. O pessoal não despluga nunca!!! Eu consegui ficar dois dias sem tuitar, blogar ou mesmo acessar à Internet.
De Santa Maria estavam além de mim, a professora Luciana Mielniczuk (UFSM) a Paolla, Wanglon, acadêmica de Jornalismo, o Leonardo Foletto - formado pela UFSM e mestre pela UFSC - e o Willian Araújo, formado pela UFSM e jornalista da Assembléia. Foi muito bom passear e andar de metrô com esse povo.
Os meus parabéns para a organização do Seminário.

(Na foto, da esquerda para a direita, as professoras Adriana Amaral, Luti, eu, Paolla e Foletto. A "arte" da foto é da Luti).

domingo, 20 de setembro de 2009

Veteranos da Band levam baile

Acabo de assistir a uma ótima entrevista do deputado Ciro Gomes no Canal Livre, da Bandeirantes. Ótima por causa dele, não pelos entrevistadores. Que papelão de Fernando Mitre e Boris Casoy (que eu não suporto). Levaram um baile do Ciro. Aliás, fiquei superfã dele depois dessa entrevista, hehe. Gostei muito das suas opiniões sobre o Brasil, sobre a política e principalmente sobre a mídia. Fez críticas duras às generalizações, falta de memória e cobertura tendenciosa e anti-Lula da grande imprensa.
Os entrevistadores, velhinhos veteranos do jornalismo, não estavam preparados para entrevistá-lo. Não estavam mesmo. Com um cobra como Ciro Gomes não adianta vir com o papinho de sempre. Não é um político qualquer. Ciro não deixou margem para desentendimentos e falsas conclusões; não deixou eles respirarem; não deixou que tirassem conclusões precipitadas sobre sua fala;
Foi muito engraçado. Boris Casoy, nitidamente irritado, era a expressão da contrariedade a tudo que Ciro falava. Casoy estava ali só para puxar o tapete em qualquer deslize, revidava tudo que o entrevistado falava com um nítido descontentamento com as ideias do deputado. Quando Ciro, inteligentemente, elogiava Lula e suas políticas, aí é que os jornalistas ficavam intrigados e irritadinhos. Aff!!!
Foi muito engraçado ver as insinuações maldosas dos jornalistas serem desvendadas e destroçadas com muita elegância e argumentação. Ciro demonstrou ter habilidade com a mídia e ser profundo conhecedor das lógicas empacotadas dos jornalistas da grande imprensa. G-E-N-I-A-L!

sábado, 19 de setembro de 2009

Foi o 20

Então amanhã é Dia do Gaúcho. Ai, ai. Minha solidariedade a todos os jornalistas que estarão no batente cobrindo o Desfile do dia 20. Por questões de trabalho, tive que assistir ao desfile nos últimos três anos. Acho sempre meio igual. O palanque das autoridades, a voz que narra o que todo mundo está vendo na Avenida, as pessoas que se abancam ao longo da rua para assistir ao desfile e ainda xingam quando alguém passa na frente delas, crianças muito fofas com a indumentária gaúcha, e, claro, cavalos, cavalos, cavalos. Affff...E isso se repete todos os anos. É tudo sempre igual assim como são sempre iguais as matérias produzidas pelos jornalistas sobre o desfile. Sempre as mesmas informações, fotografias, entrevistas. É é assim no jornalismo. É o agendamento. Em pautas como essas, já existe um protocolo de coisas que devem ser abordadas e aí os textos se assemelham: "O dia de sol foi um elemento a mais para atrair o público para o desfile do dia do gaúcho". A expressão "resgatar ou manter as tradições" também é obrigatória. nos textos. A "paixão pelo Rio Grande", o "orgulho farroupilha" (dã), a "chama da tradição", "a novidade desse ano", e por aí vai.
Nunca curti muito Semana Farroupilha. Não vejo muito sentido em todas essas comemorações. Nunca coloquei um vestido de prenda e nunca tive vontade. Mas respeito e admiro quem goste.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Isquêmica

Eu queria ter uma isquemia de ideias, de mais capacidade de raciocínio, de mais inteligência, de bons insights, disposição para estudo, vontade de produzir. Queria um derrame de ânimo, alegria e bom humor na vida. Talvez um Acidente Vascular Cerebral seja bom para irrigar melhor meu cérebro, cessar pensamentos inúteis e me inspirar mais intelectualmente e emocionalmente; talvez ajude -me a me encontrar nos estudos e definir bem minhas questões de pesquisa. Tudo tem um lado bom.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Man, I feel like a woman

Dia desses uma pessoa do sexo masculino disse que eu era uma mulher complicada. Fiquei indignada. É recorrente esse discurso de que as mulheres complicam as coisas, sentimentalizam tudo, constróem "novelinhas" em suas cabeças. Acho que somos, sim, mais profundas e subjetivas que eles. Nós vamos além das racionalizações e do imediatismo. Sim, criamos hipóteses, imaginamos coisas talvez. Por isso, os homens, com exceções, têm dificuldades de nos entender. São muito visuais.
É óbvio que existem muitas mulheres que não seguem este padrão. Estou generalizando e nem estou falando exatamente de mim, mas de situações que escuto por aí de colegas, amigas etc. A reclamação é geral.
Eu queria pensar um pouco com a cabeça de homem. Eu tento entender suas lógicas, como as coisas se conectam na mente masculina; mas, confesso, é difícil.
Só não venham me dizer que as mulheres são enroladas em seus sentimentos porque os homens é que são. Com a gente, é preto no branco, é sim ou não, é te amo ou te odeio, é quer ou não quer, está a fim ou não, é tudo para ontem, insanidade mesmo. Quando a gente se apaixona é pra valer, não é brincadeirinha! Manifeste-se ou cai fora. Eles têm um certo medo dessa postura. Ficam inseguros...e não conseguem nem explicar os motivos. Talvez tenhamos que aprender com eles como levar as coisas de maneira mais leve.
Sim, hoje estou divagando geral...praticando muito o gênero textual achismo.


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Padre, eu pequei

O programa Fantástico resolveu se meter na vida pessoal dos artistas globais, com o tema: "O que aconteceu com você, como seu problema foi superado e como está sendo a volta por cima". Será que está no contrato dos artistas globais uma cláusula tipo: "o contratado deverá dar uma entrevista à televisão logo que se sentir recuperado de algum problema pessoal como drogadição, alcoolismo, depressão ou outro fator que tenha causado seu afastamento das novelas por período indeterminado".
Primeiro foi com o Felipe Camargo que teve que falar dos seus problemas pessoais antes de falar do seu novo papel na TV. E domingo foi com Fábio Assunção. Patrícia Poeta, com todo seu esforço em ser cuidadosa e sua delicadeza angelical, quis saber como o ator chegou e saiu do fundo do poço, não com essas palavras, claro. E arrancou a confissão que todos queriam ouvir: "sou dependente químico", disse Fábio, que se saiu bem até frente às especulações de sua vida pessoal.
E as perguntinhas: "Fábio, você é bonito, bem sucedido, tem grana. Por que você foi se envolver com drogas?" Ai, por favor...Parece até que se envolver com drogas é "estranho" no mundo das celebridades. Parece até que ninguém faz isso no mundo VIP dos artistas famosos. Hahaha.
Acho completamente desnecessária esse tipo de entrevista. Por que um ator tem que expor seus problemas e justificar-se em rede nacional seu afastamento das novelas? Jogada de marketing? Propaganda da próxima atração que terá este ator como protagonista? Servir de exemplo para os telespectadores? Audiência para o Fantástico?

domingo, 13 de setembro de 2009

Final da novela


Fiquei muito indignada ao assistir o capítulo final de Caminho da Índias ontem. Não que eu tivesse grandes expectativas, mas serviu para reforçar minha opinião de que essa Gloria Perez é uma incompetente, péssima escritora e mentalmente perturbada, assim como os personagens que ela desenvolve. O diretor, que não lembro o nome, também deve ser responsabilizado pelas cenas mal feitas e encenadas. Por favor!!! Primeiro que a loca deixou para que tudo fosse resolvido no último capítulo. Era óbvio que ia dar merda...Ficou tudo superficialmente resolvido, ninguém conversou, diálogos horríveis. Na última semana nada se resolveu e fatos novos foram criados como a morte do Raj: completamente desnecessária. E ontem aquela cena ridícula: Maya vê Raj e vice-versa. A expressão dela completamente normal como se nada tivesse acontecido. Afinal ele foi dado como morto, ora essa. MORTO!!!! E o pior de tudo: Raj se aproxima de Maya que está de luto, sem maquiagem, e do NADA, DO NADA, ela surge toda linda e maravilhosa para ele. E eles quase não se falam. Não há o que dizer; nada aconteceu; ela não foi expulsa, o filho é dele e ele não morreu. Por favor!! Foi uma das cenas mais mal feitas da história das novelas (que eu vi, hehe). Raj também não ficou sabendo que tinha um filho. Opash se tornou liberal e bonzinho de uma hora para outra. Bahuan, coitado, apareceu na finaleira do capítulo só para constar porque já havia sido abandonado pela escritora há um bom tempo. Tudo mal resolvido!! eca!!! Isso não é telenovela, não tem uma trama...não tem amarramentos...só furos...coisas mal conduzidas...
Mas óbvio que ninguém critica não é. Tudo que essa besta da Gloria Perez faz é bonito, honroso e digno. Ninguém se atreve a fazer uma crítica para ela. Só puxam o saco...Aliás, ela enfatizou tanto a psicopatia na novela que chegou a irritar. Parece que foi por causa da filha dela que acabou se envolvendo com um psicopata. Sim, é maldade dizer isso mas...como explicar a abordagem insistente de certos temas?? Que ela quer prestar um serviço à comunidade?? hahaha. Me poupe. Ela presta é um desserviço abordando doenças mentais daquele jeito estereotipado.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Defensores do diploma se reúnem


Pois então...fui na audiência pública da Câmara sobre a não obrigatoriedade do diploma em jornalismo que aconteceu na quinta-feira à noite. Plenário lotado de estudantes da UFSM e Unifra, além de professores dos dois cursos de Jornalismo da cidade. Acho que são os mais interessados no assunto mesmo. Na mesa principal estavam o deputado Paulo Pimenta, a vereadora Helen, representantes estudantis da UFSM e Unifra, coordenadores dos dois cursos, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do RS, José Carlos Nunes, a representante local, Elisa Pereira e outras presenças nem tão necessárias como uma integrante do DCE da UFSM e um integrante do DCE da Fames (NADA a ver).
Pimenta é autor da PEC dos jornalista que visa reverter a decisão do STF, tomada no dia 17 de junho. Ele esclareceu que até agora a decisão do Supremo ainda não foi publicada, portanto não há como entrar com recurso judicial. Também por causa disso, todos os registros profissionais estão suspensos por enquanto. O deputado acredita que a PEC seja votada ainda nesse semestre. São necessárias duas votações na Câmara e duas no Senado. Achei ele superotimista. Eu não acredito que a proposta seja votada esse ano...
Para a professora Rosana Zucolo, da Unifra, a mobilização que está acontecendo agora poderia ter ocorrido antes da votação no STF, inclusive para evitar a decisão tomada pelos ministros.
Na opinião de Nunes, o momento é de fortalecer o Sindicato. Ele também salientou que continuam valendo as cinco horas de jornada, o piso salarial e o registro profissional. "O que o STF fez foi ratificar uma decisão de uma juíza que disse não à educação. Defendemos a qualificação profissional, uma formação de qualidade. Mas ficamos sozinhos. Houve uma mobilização anterior, mas ela não chegou à sociedade".
Para o professor Rondon de Castro, da UFSM, a perda do diploma é apenas o começo de uma série de fatos que poderão vir a resultar na retirada de outras conquistas do jornalista como a jornada de trabalho e o piso salarial. Rondon ainda afirmou que a decisão do STF significou um "ataque à Universidade" e criticou a interferência do mercado nas instituições de ensino superior. "Estão exigindo que a gente forme mão-de-obra especializada e barata para eles (mercado)", afirmou, citando o jornalista multimídia como exemplo de formatação do aluno para o mercado. Rondon ainda disse que até hoje não ouviu ninguém defender a decisão do STF. Olha, professor, eu já ouvi e li textos muito bons defendendo a não obrigatoriedade do diploma. A professora da UFRJ, Ivana Bentes, é um exemplo de pesquisadora que argumenta muito bem sua posição contra o diploma. E ela é professora do curso de Comunicação. "Nós apresentamos os melhores argumentos", destacou Rondon. Discordo. Não ouvi grandes argumentos na audiência a favor da formação universitária. De ninguém. Não me explicaram ainda o que é uma informação de qualidade e porque ela está atrelada a um diploma. No entanto, concordo com Rondon quando ele diz que a decisão enfraquece o jornalismo além de reforçar ainda mais o subemprego.

Eu também não gostei dessa decisão do Supremo. Só que não fiquei tão histérica como alguns colegas e li bons textos tanto dos favoráveis como dos contrários. Fiz a faculdade e a considero importante, mas minha formação teve outras fontes. Como disse um colega jornalista: curiosidade, inteligência e sagacidade não se aprendem na faculdade. É óbvio que não é tão simples assim, mas é uma discussão complexa mesmo. Valeu a audiência; é bom discutir os problemas do jornalismo e dos jornalistas.

A fotografia é da Assessoria de Imprensa da Câmara

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

audiência na Câmara para discutir diploma

Amanhã, às 19h, na Câmara de Vereadores, tem uma audiência pública para discutir a decisão do STF que dispensou a exigência do diploma para o exercício de jornalismo. Hoje de manhã a vereadora Helen Cabral passou pelas salas de aula do curso de Jornalismo da UFSM para divulgar a audiência. Pretendo dar uma passada lá. Até para ouvir do povo as argumentações pró e contra; se bem que acho difícil que alguém se manifeste a favor da decisão do Supremo, hehe. Seria interessante para o debate. Afinal, estagiários de jornalismo que trabalham como jornalistas são profissionais não diplomados exercendo a profissão. Não são??

O tema da audiência é: "Exija informação de qualidade! Jornalista só com diploma". É...eu não sei o que é informação de qualidade. Seria um profissional de qualidade? Uma apuração de qualidade? Um texto de qualidade?

Seria bom se os vereadores se preocupassem em ter jornalistas de qualidade e diplomados. E lá tem. Mas tem também muitos estagiários, CCs fazendo às vezes de jornalista...Posso dizer, porque já trabalhei lá, que na Câmara de Vereadores há muitas, mas muitas pessoas, que "entendem" de jornalismo. A começar por certos vereadores que se acham "os" jornalistas; acham que entendem tudo de jornalismo. Usam o seu poder para "ensinar" os jornalistas diplomados lá de dentro. Triste. Será que eles vão participar da audiência? será que têm conhecimento dessa discussão?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Julgamentos

Ótimo texto do blog de Luis Nassif, publicado ontem, sobre a história do italiano acusado de pedofilia por um casal que afirma que ele estava fazendo carícias impróprias na filha de oito anos, num balneário em Fortaleza (CE), no dia dois de setembro. Vi uma matéria sobre o episódio no Jornal Hoje, da Globo, de sexta-feira, eu acho, e achei a reportagem muito estranha, ambígua mesmo. Várias pessoas estavam presentes, mas somente duas acharam que o estrangeiro estava abusando da menina. A matéria deixou a dúvida no ar, mas deu destaque ao depoimento de uma testemunha que reafirmava o crime de pedofilia.
Entre outras coisas, o blog diz o seguinte:
O italiano estava na piscina com a filha, a esposa e amigos. Foi delatado por um casal - que a televisão protegeu, não identificando, do mesmo modo como se protege a quem delata grandes criminosos. Não se tratava de nenhum ato oculto, dissimulado. O pai estava fazendo carinhos em um local público. Todas as testemunhas que assistiram não viram nenhum sinal de libidinagem. Prevaleceu o julgamento moral de dois deformados, que viram sinais de luxúria onde todos os demais viram sinais de carinho paterno, que apresentaram como prova dois beijos que o pai deu na filha no intervalo de 30 minutos. Pinçando o que saiu nos jornais, pinçando mesmo, porque nenhum teve a coragem de ir a fundo investigar as razões dessas testemunhas, fica claro o somatório de detalhes que alimentou seu preconceito: o pai é italiano; a mãe uma negra brasileira; a filha, uma mulata. De 8 anos. É impossível um pai branco ter carinho por uma filha mulata. O preconceito era contra a filha.De nada adiantaram os atenuantes, de nada adiantaram as demais testemunhas negando terem visto qualquer ato malicioso. A malícia está na cabeça dos pervertidos. A juíza terceirizou o julgamento moral e permitiu a prisão do pai, permitiu que ele fosse arrancado do convívio da família e jogado num xadrez, diz Nassif no texto A Psicologia da Delação.

É...não precisa dizer mais nada.

eu na noite do feriado

Triste...perdida

sábado, 5 de setembro de 2009

Brüno: divertido e constrangedor


Bruno não é para desavisados. Quem chegar de pára-quedas no cinema é capaz de ficar chocado, hahaha. Muito constrangimento, situações bizarras e a atuação genial de Sacha Baron Cohen rendem boas risadas. Os politicamente corretos deverão odiar a produção que mostra o protagonista Bruno, um homossexual afetado, fazendo bizarrices e piadas em situações reais, chocando e assustando as pessoas. É uma ficção misturada com documentário. Muito doido!!! Algumas piadas, confesso que não entendi bem. Às vezes não dá pra saber quando é uma situação real e quando é encenação. Confunde.
Bruno é austríaco e quer ser uma celebridade. Para isso, ele vai aos Estados Unidos e elenca uma série de coisas que podem fazê-lo alcançar a fama: entrevistar famosos, se envolver com algum projeto de caridade, tentar fazer com que palestinos e judeus façam um acordo de paz, e adotar uma criança sul africana. Tudo dá errado, óbvio. Sua última chance é virar heterossexual, um verdadeiro macho, hahaha. Aliás, este é um dos melhores momentos do filme. As situações e entrevistas revelam o preconceito dos americanos com homossexuais e os símbolos relacionados à "macheza". Sim, o filme beira a tosquice, o mau gosto mesmo. Muitas pessoas vão odiar, com toda a certeza.
Há cenas impagáveis. É o melhor filme que está passando na cidade agora. Vale a pena! É diversão garantida!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

interlouca

Ai, como a Internet escraviza...Por que eu tenho que olhar vários blogs e ver as mais de 100 mensagens do twitter que estão ali, no cantinho do navegador? Por que também tenho que entrar no msn para ver quem está online se são sempre as mesmas pessoas? No orkut, só entro umas duas, três vezes por semana. Mas esse twitter é um saquinho!!! Não escrevo nada e ainda fico abrindo os links...ai, ai, ai. Que angústia isso...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Semana da Pátria

Bah. Acordei hoje ouvindo o hino Nacional que estava tocando no pátio da escola que fica do lado do meu prédio. Que saco!!! Achei que já tinham largado esse hábito de tocar hino nacional na semana da pátria. Ouvir o hino me trouxe algumas lembranças da semana da pátria nos tempos escolares.
Eu tinha pavor de ficar enfileirada no pátio do colégio pra cantar o hino. Na real ninguém cantava, a gente ficava quietinho ouvindo a gravação. E quase sempre dava vontade de rir e a gente tinha que se segurar para não cair na gargalhada no meio do hino. É desse jeito que a gente acaba decorando o tal hino; uma semana inteira tendo que ouvir.
Sem falar quando faziam a gente marchar pela cidade. Que pesadelo! Eu me lembro de ter marchado por várias quadras em Restinga Seca. É ridículo só de pensar na cena.
Tarefas da semana da pátria: escrever uma redação sobre o Brasil. Afff!!! "Meu Brasil". Certa vez, a revoltada aqui escreveu uma redação falando mal do Brasil e a professora não gostou e mandou que eu escrevesse outra. Fui censurada.
E os cartazinhos de Educação Artística com o tema da pátria. Outro saco!!!
Era só bobagem. Não se fazia nada realmente educativo. Não se aproveitava a ocasião para alguma coisa mais séria, mais reflexiva.
Na real, o que importa mesmo é o feriado do dia sete de setembro, hehe.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Fantástico e o Belchior

Que palhaçada essa história do "sumiço" do Belchior. O blog do Azenha publicou um texto bem interessante falando que o programa Fantástico é que inventou esse sumiço. Se o cara quisesse mesmo sumir não ia ficar tirando foto com fãs e aparecendo em eventos recentes como aconteceu. O texto do blog é de Mauro Carrara, leitor de Azenha. Entre outras coisas ele diz o seguinte:

Inventou-se ali uma estória (sim, agora sem “h”, mesmo) sobre o desaparecimento de um “grande astro da MPB" (...)A longa matéria misturava fraseados de trama noir e música incidental de suspense hitchcockiano. Por meio de depoimentos pinçados e uma edição bem tesourada, a Globo induziu o brasileiro a cogitar até mesmo de uma abdução
. Ora, nos delírios narrados por Patrícia Poeta e Tadeu Schmidt, o folhetim da Globo manteve-se caninamente fiel à doutrina kameliana do jornalismo “testador de hipóteses”. (...)No caso de Belchior, a reportagem foi tratada como pândega por vários profissionais gabaritados da Central Globo de Jornalismo. Era o "se colar, colou". Riu-se da figura do trouxa engolidor de bobagens, o típico Homer Simpson boneriano. Nos dois anos do suposto “sumiço”, Belchior foi visto, fotografado e gravado em vídeo por dezenas de pessoas, entre jornalistas e cidadãos comuns.

Sinceramente. Será que Belchior sumiu mesmo? Na entrevista a Sonia Bridi, domingo, ele disse tranquilamente que morava em São Paulo e que estava traduzindo umas músicas no Uruguai. E por que a Globo tem que ficar indo atrás de uma pessoa? O cara não pode sumir em paz?

O “sumido” distribuira ainda autógrafos para admiradores em lugares como aeroportos e restaurantes, no Brasil e no Uruguai. Tudo recente, recentíssimo.

Aliás, que fugitivo, abduzido ou desencarnado daria palhinhas em shows, participaria de atividades de ONGs e visitaria o presidente do Senado?

É. Pois é...e tudo mundo foi na onda do Fantástico desvendador de mistérios e descobridor do paradeiro de Belchior. Pelo menos o Belchior vendeu um monte de disco por causa dessa história, hahaha.