domingo, 5 de julho de 2009

O empenho de Alice


Este post é familiar. Fazia tempo que não escrevia sobre a big family. É que algumas coisas não podem passar em brancas nuvens. A Alice vai achar que eu estou puxando o saco dela, mas não se trata disso, Alice. A questão é que realmente eu estou admirada de ver a dedicação da Alice ao estágio dela na Escola Estadual Érico Veríssimo. Ensinar Biologia aos alunos não deve ser fácil. Essa guria estuda, faz planos de aula, prepara material, confecciona cartazes e, o mais legal: ela faz experimentos mirabolantes para levar na aula. Sim. É a Biologia em ação. O apartamento onde a gente mora virou um laboratório: tem pão mofando num canto, água apodrecendo em outro, insetos vivos em potinhos, gelatina de bactérias na geladeira. Dia desses a Lúcia, monstra, quase comeu a gelatina bacteriana. Atualmente há uma caixinha (foto) assustadora na cozinha. Dá medo de abrir. Tudo são experimentos que a Alice faz para levar na aula. É claro que alguns não dão certo. Quando os fungos não aparecem: frustração. Quando as bactérias se revoltam e não agem: raiva.
Ela se prepara muito para dar suas aulas; eu queria ter tido professores assim. Como explicar aos alunos a espermatogênese, o ciclo da bactéria, a formação de fungos? A Alice se preocupa muito em fazer com que os alunos entendam as coisas. Às vezes ela faz testes e pergunta pra mim e para a Lúcia algumas coisas e a gente não sabe, hehe. Alice, eu e a Lúcia não somos parâmetros.
Alice, além de Biológa, você já é uma ótima profe!

7 comentários:

  1. Alice!!!! Tem que perguntar pra mim!!! Eu sei tudo!!!

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  2. Também não tive professores assim! Uma pena... Tomar que o sistema não acabe com a determinação e o entusiasmo da Alice. Aliás, o entusiasmo deve ser uma característica dos biólogos, outro dia , sem querer, fui apresentada a outra bióloga entusiasmada que tem um Blog muito divertido: http://diariodebiologia.com

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  3. ô silvana, arruma esse texto. O CLICO da bactéria deve ser difícil de explicar mesmo..
    Mas, realmente, ensinar, ser professor, pra uma turma de 30, 40, não é tarefa fácil. Estávamos conversando sobre isso no sábado de noite e os experimentos da alice acabaram sendo um dos temas.

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  4. SILVANA, SUA VACONA!!!! Tá com falta de idéias mesmo,hein? Vou começar a cobrar, meu nome aparece demais nesse blog.rsrsrs. Mas, Sil, falando sério agora. Já que tu abriu a brecha, vou deixar aqui postado uma questão de total relevância relacionado ao meu desempenho na escola. Tenho, de fato, muita preocupação em me fazer entender pelos alunos. E esta preocupação é simplesmente diminuir a abstração dos assuntos que concernem à Biologia e às Ciências. Com certeza isso tem uma origem, pelo menos para mim: a constante luta e questionamento dos nossos pais com a educação, e também, não posso deixar de citar o que vivenciei com as colegas de profissão, a Carol, a Giséli e a Patrícia. Estas, sempre reflexivas, empenhadas e carregando consigo frustrações, alegrias, e dificuldades na prática de estágio. Nas rodas de conversa com o pessoal da licenciatura passei a perceber um mundo que não me era distante e que por consequência, me fez ter uma certa repulsa da estrutura acadêmica do bacharelado.
    Enfim, nestes 4 meses incompletos de estágio no fundamental e médio aprendi (e aprendo toda a semana com os alunos) coisas que em 4 anos a faculdade não me proporcionou, a não ser as relações humanas criadas e consolidadas. A tentativa de "saber-fazer" ser educador hoje, para esta geração que está aí, exige, sim, propostas e inciativas diferentes, coletivas ou individuais. Nós, da licenciatura da Federal, somos aprendizes dessa prática.
    Maaaaas, deixo meu aviso: faltam ainda 2 meses para terminar os estágios. aahhhaaaaaaa!!!!Me aguardem, hermanos!!!!rsrsrsrs

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  5. Só pra esclarecer que dentro da caixinha tem uma pão e uma fruta mofando. Nada pior do que as tuas unhas, Silvana, tomada de fungos.hahahaha

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  6. Pô, Alice, deixa meus fungos. A Lúcia tem uns fungos mais agressivos.
    Bah, mais dois meses com coisas apodrecendo pela casa, além de mim.

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  7. A Silvana não observou os copinhos com mudas de feijão para as crianças observarem a captaçã de hidrogenio pelas suas raizes,as dezenas de insetos que eu tive de levar e ultimamente o enorme cogumelo de dois quilos e por aí vái..A Alice se deu conta de que para ela aprender e as crianças e jovens aprenderem, é necessário fazer, meter a mão na consistência...o processo humano para aprender precisa levar em conta a vida, a experiência.A abstração do real, da vida serviu e serve para impor saberes e poderes.Gostei dos relatos familiares...

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